A produtividade média esperada para a safra 2014/2015 de milho na região gira em torno de 420 sacas por alqueire, ou seja, em torno de 170 sacas por hectare. Se as condições climáticas continuarem favoráveis, lavouras com alta tecnologia dos Campos Gerias devem alcançar produtividade de cerca de 11 mil quilos por hectare. A produção total da região deverá alcançar em torno de um milhão de toneladas.
As informações são do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa. De acordo com o engenheiro agrônomo responsável pelo Deral, José Roberto Tosato, os produtores estão bastante esperançosos com a cultura de verão. A colheita começa na primeira quinzena de janeiro. Deveremos ter colheita de áreas de variedade precoce, intensificando a partir da segunda quinzena de fevereiro e prolongando-se até o final de abril, comenta. Com relação ao preço do milho, Tosato garante que há uma grande perspectiva de que as cotações melhorem bastante a partir de janeiro, fevereiro e março.
A área de plantio de milho da safra de verão 2014/2015 na região dos Campos Gerais está estimada em 98 mil hectares, bem abaixo da safra passada, quando foram 132 mil hectares.
O engenheiro agrônomo do Deral destaca que a queda de área no plantio é devida aos baixos preços nas cotações de milho nos meses de maio a setembro deste ano. Além disso, de acordo com ele, o Governo não cumpriu a promessa de compra do milho em forma de Aquisição do Governo Federal (AGF), que é um instrumento da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
O plantio da safra 2014/2015 está concluído desde novembro, obedecendo ao zoneamento agrícola de plantio que foi de setembro a 15 de outubro.
Tosato conta que no início do plantio – apesar das boas perspectivas – a lavoura sofreu com a falta de chuva, o que ocasionou a perda de algumas áreas, as quais não germinaram devido a essa escassez e sol muito forte. Durante seu desenvolvimento inicial a cultura foi castigada por alguns períodos de falta de chuva e forte insolação. Talvez isso cause uma redução na produtividade de 5% a 10%. De acordo com ele, assim que choveu, os produtores efetuaram o replantio destas áreas. Com a normalização das chuvas, da segunda quinzena de novembro para cá, as lavouras estão mais vigorosas, com bom desenvolvimento e boas perspectivas de produção. Perdeu no começo, mas agora está bom devido à normalização do clima, finaliza.
Rodrigo Covolan
Área de plantio de milho da safra de verão na região dos Campos Gerais está estimada em 98 mil hectares