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Lama/UEPG aproxima produtores rurais e consumidores

 

O Laboratório de Mecanização Agrícola (Lama) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizou, em janeiro, sua primeira experiência em comércio agrícola justo. Prática já com alguma notoriedade em países desenvolvidos, comumente conhecida como Fair Trade, ainda é pouco conhecida no Brasil. No caso do Lama, a ideia foi aproximar um grupo de produtores rurais de base familiar e um grupo de consumidores, sem os chamados ‘atravessadores’, sejam pessoas físicas ou jurídicas.

O primeiro contato foi com os consumidores (grupo de aproximadamente 60 colaboradores da Industrialização do Xisto, unidade da Petrobras no município de São Mateus do Sul – PR), onde através de diálogos explanou-se sobre a importância do consumidor como elo econômico, social e ambiental da produção agrícola. Econômico, pois mantém a cadeia de produção, social, já que pode escolher qualidade, e ambiental, porque a produção intensiva pode desequilibrar o uso dos recursos. “Um exemplo é o desejo de consumir produtos in natura fora da época de cultivo, em que um grande desequilíbrio é estabelecido para atingir este fim, através do incremento em uso de energia, de agrotóxicos e, consequente, baixa qualidade dos alimentos produzidos” comenta o professor Pedro Henrique Weirich Neto (Lama/UEPG).

Como segundo passo, aproximou-se fisicamente o consumidor do produtor, oportunidade na qual o produtor relatou suas experiências, dificuldades e expectativas sobre esta relação de comércio justo. Neste momento, foi montado um calendário qualitativo e quantitativo de produtos agrícolas, para o caso específico de hortaliças, contexto este idealizado e executado pelo engenheiro agrônomo Manuel Delafoulhouze (Lama/UEPG/Funbio), responsável pelo projeto.

O grupo de produtores envolve quatro famílias das comunidades Estiva e Burrinho, de São Mateus do Sul, os quais se encontram em processo de acompanhamento e certificação de produção agroecológica (Produção Orgânica) com o apoio do Lama/UEPG. “Este tipo de produção prevê adequação ambiental, produção sem uso de moléculas sintéticas de fertilização do solo e de combate a pragas e doenças”, relata a engenheira agrônoma Alice Vriesman (Lama/UEPG/Seti-PR), uma das responsáveis pelo projeto de certificação de produtos orgânicos.

“Um dos ganhos do projeto é o qualitativo na alimentação dos colaboradores participantes”, destaca a nutricionista do Sesi, Fernanda Silvestre, que atua na SIX e é uma das incentivadoras do projeto. Do outro lado, mas agora bem mais perto, Sr. Zeno, um dos produtores, relata que “como o projeto prevê pagamento adiantado, a responsabilidade aumenta, porém, o planejamento e execução da atividade agrícola ficam bem mais fáceis”.

O professor Carlos Hugo Rocha (Lama/UEPG) relata que “isso só é possível pelo planejamento estratégico do Lama e apoio dos patrocinadores aos projetos que visam desenvolvimento sustentável, tais como o projeto Entre Rios que conta com patrocínio da Petrobras”. Neste caso têm-se ainda apoio do Funbio, da SETI – PR e da FAUEPG.

Divulgação

Produtores relataram suas experiências e dificuldades sobre esta relação de comércio justo

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