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Região poderá colher safra de mais de 3 mi de toneladas de grãos

Arquivo DC

A estimativa do Deral é de que as safras de milho, feijão e soja da região alcancem um rendimento médio de 3,280 milhões de toneladas no total

A região dos Campos Gerais deverá colher uma produção de aproximadamente 3,280 milhões de toneladas de grãos durante a safra de verão 2014/15. A projeção – realizada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa – considera a estimativa de produção para o milho, soja e feijão.

De acordo com o engenheiro agrônomo responsável pelo Departamento de Economia Rural (Deral), José Roberto Tosato, na safra passada, a produção foi em torno de 3,6 milhões, 8,8% a mais que a atual. “Essa diferença se deu por conta da área do milho, que foi maior no ano passado. Esse ano a área de plantio foi menor por conta dos baixos preços”, explica.

Feijão

A primeira safra, conhecida como ‘safra das águas’, plantada na segunda quinzena de agosto até o final de outubro teve o plantio encerrado na primeira quinzena de janeiro, abrangendo uma área de cerca de 43 mil hectares na região. A produtividade girou em torno de 2,6 a 2,8 mil quilos por hectare, o que representa cerca de 45 sacas de 60 quilos por hectare.

Já a segunda safra, conhecida como ‘safra das secas’ ou ‘safrinha’, possui área aproximada de 48 mil hectares, plantada da metade do mês de novembro até o final de fevereiro. A colheita deve ter início no próximo dia 10 e vai até o mês de maio – com uma produção em torno de 2,8 mil quilos por hectare.

“Cerca de 60% da safra de feijão é de cor, ‘tipo carioca’, o qual tem tido grande aceitação no mercado”, garante Tosato.

Ele conta que esta segunda safra teve aproximadamente 10% no aumento de plantio de área em função dos bons preços atuais e perspectiva de que esse cenário continue durante toda a safra. “Isso se deve às chuvas escassas em outros estados produtores de feijão como Minas Gerais, Bahia, São Paulo e até mesmo Mato Grosso, além da proibição de realizar irrigações”, explica.

Os preços hoje estão em torno de R$ 150 a R$ 160 a saca de feijão preto e R$ 160 de feijão de cor.

Milho

A safra de milho possui área de aproximadamente 100 mil hectares cultivados na região. Cerca de 60% desta área já está colhida. O rendimento médio avaliado é de nove mil até 11 mil quilos por hectare.

O engenheiro agrônomo, José Roberto Tosato, afirma que a safra está indo muito bem, a colheita está em ritmo acelerado, graças ao período chuvoso já ter passado e que a única coisa que tem desagradado os produtores são os preços do mercado. “Está próximo do custo de produção, cerca de R$ 23 a R$ 24 a saca de 60 quilos, ou seja, praticamente não haverá lucro”. Ele afirma que, por enquanto, não há perspectiva de melhoria nos preços, mas isso depende do mercado internacional. “Se houver alguma reação lá, haverá reação aqui. No entanto, até o momento não há perspectivas de exportação”, lamenta.

O presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, conta que, na sua lavoura, o milho já está sendo colhido e a produção está muito boa. “Acredito que a produção do milho waxy deva render cerca de 11 mil quilos por hectare, já o milho convencional deve ter uma produtividade de 15 mil quilos por hectare”, conta.

Soja

A safra de soja tem área de 543 mil hectares, plantados até o final de novembro do ano passado. Segundo Tosato, a safra está transcorrendo muito bem e a colheita está sendo realizada nas áreas de variedades precoces e super precoces. Até o momento foi colhido aproximadamente 7% do total da área plantada, o que representa em torno de 38 mil hectares.

A partir do próximo dia 10 a colheita começará generalizada em todos os municípios dos Campos Gerais em ritmo acelerado e deve ir até o final de abril, com possibilidade de atraso de algumas áreas que ficarão para serem colhidas na primeira semana de maio.

O produtor Vespasiano Bittencourt possui uma área de 90 hectares de soja. Ele conta que a safra correu bem, está bonita e deve começar a ser colhida no dia 10 de abril. “Como minha área é pequena dá para colher em cerca de cinco dias. A produtividade este ano deve girar em torno de 3,5 mil sacas por hectare”, garante.

Tosato garante que as condições climáticas foram ótimas apesar dos problemas enfrentados no início do plantio, como a falta de chuvas, por exemplo. “A safra está em ótimas condições. Apesar dos atrapalhos da seca no início da safra e o excesso de chuvas em fevereiro, os produtores estão bastante animados”.

A perspectiva é de que a safra renda em torno de 3,7 a 3,8 mil quilos por hectare. Quantidade superior à média da safra anterior, que havia ficado entre 3,5 a 3,6 mil quilos por hectare.

O preço é de R$ 62 a saca de 60 quilos e já existem vendas futuras, que foram realizadas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e devem ser entregues entre março e abril.

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