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Cinco municípios da região entre os maiores produtores de fumo


Em Ipiranga, o fumo representa R$ 74,2 milhões do valor bruto da produção / Foto: Divulgação

A Região Sul se destaca por ser a maior produtora de fumo do Brasil. Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina são responsáveis por 98% da produção brasileira. Hoje, o cultivo de tabaco é uma das principais fontes de renda depara 619 municípios dos três Estados.

No Paraná, a produção se concentra principalmente nos Campos Gerais e Centro, o que coloca cinco municípios dessas regiões entre os 20 maiores produtores de fumo do País. São João do Triunfo ocupa a sexta posição no ranking nacional. Os demais municípios paranaenses que aparecem na lista, divulgada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), nesta semana, são Rio Azul (11º), Prudentópolis (15º), Ipiranga (18º) e Imbituva (20º).

Agricultura familiar

De acordo com o engenheiro agrônomo da Prefeitura de Ipiranga, Luiz Carlos Kreniski, a cultura do fumo no município representa R$ 74,2 milhões do valor bruto da produção agropecuária. Ele destaca que o cultivo de tabaco está concentrado na agricultura familiar. “É uma produção que demanda uma área pequena de produção e ocupa mão de obra familiar, gerando renda e qualidade de vida aos produtores. Além é claro de ser uma produção ambientalmente sustentável”, garante.

Luiz Carlos destaca ainda a preocupação do Município e das fumageiras com a profissionalização e capacitação dos agricultores. “Cerca de 90% dos produtores possuem depósitos para armazenar defensivos e agrotóxicos e há um alto número de EPIs [equipamentos de proteção individual] adquiridos”, revela.

Segundo a Afubra, a cultura do tabaco integra 154 mil produtores e um universo de aproximadamente 615 mil pessoas participa do ciclo produtivo no meio rural, somando uma receita bruta anual de R$ 5 bilhões. Na safra 2014/2015 foram produzidos 692 mil toneladas. (Com Assessorias)

 

No campo

Diversificação garante emprego e renda

 

Para o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, a produção de tabaco faz parte da tradição dos municípios que aparecem no ranking, além de ser a cultura fundamental nos aspectos sociais e econômicos. “É essa tradição do cultivo em pequenas propriedades diversificadas que confere excelência ao tabaco brasileiro, reconhecido pelos importadores por sua qualidade ímpar”, comenta.

Uma das principais características comuns às propriedades produtoras de tabaco é a diversificação de culturas e de renda. Em números gerais – levando-se em conta todos os 154 mil produtores -, a área média das propriedades é de 15,3 hectares, sendo que apenas 17,6% do terreno são destinados ao cultivo de tabaco, que responde por 51,4% da renda do produtor. O perfil da propriedade levantado pela Afubra mostra produtores abertos à diversificação e conscientes sobre a preservação ambiental.

Na safra 2014/2015, além do plantio de tabaco, o cultivo do milho respondeu por 22,5%, a soja por 7,8%, o feijão por 1,8%, e outras culturas por 3,1%. A pastagem ocupa 20,3% da propriedade e o índice de cobertura florestal é de 26,9% com áreas de mata nativa preservada (15,7%) e reflorestada (11,2%).

 

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