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Pagamento antecipado é garantia para agricultores


Trabalhadores da Copel compram orgânicos diretamente do produtor / Foto: Divulgação

Toda manhã de terça-feira é um dia especial no estacionamento da Copel de Ponta Grossa. O motivo é a presença dos agricultores familiares do pré-assentamento Emiliano Zapata.

Aos poucos, os funcionários da agência chegam ao local com suas sacolas vazias da semana anterior para trocar por outra, cheia de alimentos saudáveis. Além das sacolas, por alguns instantes os trabalhadores do campo e da cidade trocam sorrisos, cumprimentos, receitas, vivências e conhecimento.

A assessora de comunicação da Copel, Claudia Oliveira, enaltece a iniciativa. “O projeto é maravilhoso. Antes de nós iniciarmos com as sacolas, sempre busquei alternativas para uma alimentação saudável, porém, no mercado, os alimentos orgânicos são muito caros. Aqui a quantidade é ideal, os produtos são diversificados conforme a época, o que nos obriga a variar o cardápio. Está muito legal a troca de receitas que rola entre nós”.

Comércio justo

Dentre os princípios do chamado comércio justo está a valorização da produção local e autonomia dos agricultores sobre o empreendimento, o que dispensa a presença do “atravessador”, refletindo em preço justo para o produtor e para o consumidor.  “Eu entrei no projeto pela praticidade da entrega, por considerar o preço e a quantidade justos, além de fortalecer a economia local”, explica a técnica administrativa, Luciane Nascimento.

Como contrapartida aos agricultores, no comércio justo o pagamento pelos produtos é antecipado. A agricultora Genecilda dos Santos, Dona Gê, explica a importância dessa prática. “Assim, a gente pode planejar melhor o investimento e a produção, pois a comercialização já está garantida, não tem desperdício”, comenta.

 

Como participar do projeto?

 

O engenheiro agrônomo Guilherme Mazer explica que o “comércio justo” é uma alternativa paralela ao comércio convencional da economia de mercado. Para participar, basta reunir um grupo de consumidores no local de trabalho, com no mínimo 15 pessoas e entrar em contato com o Laboratório de Mecanização Agrícola (Lama) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A partir do contato, a equipe do Lama faz uma reunião com os interessados para explicar o funcionamento do projeto. O próximo passo é reunir os agricultores e os consumidores para que coletivamente decidam forma de pagamento, dia de entrega, preço e outros detalhes.

Atualmente, o projeto conta com três grupos de consumidores e agricultores, dois em Ponta Grossa e um em São Mateus do Sul. São 12 famílias de agricultores e mais de 100 famílias de trabalhadores inseridas no programa.

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