*Bento de Abreu Sodré Carvalho Mineiro
Nos últimos 40 anos, o agronegócio brasileiro passou por uma verdadeira revolução. Neste período, aumentamos nosso rebanho e nossa taxa de lotação por hectare, o que, apesar de ter sido um grande avanço, quando observamos a demanda de alimentos, questões ambientais e a necessidade de melhor remunerar o pecuarista, constatamos que ainda existem grandes desafios a serem superados.
Para ilustrar os avanços, hoje o agronegócio representa em torno de 21,4% do Produto Interno Bruto brasileiro e, dentro desta fatia, o setor da pecuária fica responsável por aproximadamente 32%, segundo dados de 2015 do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Porém, mesmo com resultados positivos, as demandas mundiais nos pressionam todos os dias para aumentarmos ainda mais nossa produtividade.
Segundo projeções da entidade, em 2050 o planeta terá 9 bilhões de pessoas, o que demandará um aumento de 70% na produção mundial de alimentos. Sob vigência deste novo contexto, não há mais como fugir dos novos desafios. Graças às novas tecnologias, produtos da revolução agrotropical realizada no Brasil, hoje é possível viabilizar a produção de mais quilos de carne por hectare.
Neste cenário competitivo, opções anteriormente comuns como a utilização de touros sem registro e a ausência de preocupação com o melhoramento contínuo do rebanho, se mostram cada vez mais ineficientes na busca por resultados que atendam o mercado. Temos a convicção de que o melhoramento genético é um insumo multiplicador da pecuária.
O setor enfrenta uma nova realidade, mas com o auxílio de técnicas e insumos adequados conseguiremos elevá-lo a um patamar diferenciado, enaltecendo sua relevância no cenário mundial.
*Bento de Abreu Sodré Carvalho Mineiro é diretor das Fazendas SantAnna