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Do gosto pela pesca à produção de peixes

Aos 78 anos de idade, Francisco Terasawa lembra da sua infância às margens do Rio Tibagi, em Ponta Grossa, onde pescava. Apesar do gosto pela pesca, o produtor não imaginava que um dia faria uma represa em sua propriedade. O objetivo era usar a água na irrigação, visando assegurar os trabalhos de melhoramento genético de soja.

Com a finalidade assegurada, Francisco resolveu aproveitar o potencial – do que antes era um banhado – para criar peixes, mas desta vez visando o aproveitamento dos resíduos do beneficiamento de soja, do trigo, entre outras culturas. “Neste tanque começou a criar e ficamos um tanto animados”, conta. Hoje são 24 mil m² destinados à piscicultura, atividade voltada ao lazer e fins sociais.

Entre as espécies estão a Tilápia, o Bagre e a Carpa. Com produção anual entre 20 e 25 toneladas, Francisco defende a piscicultura como fonte rentável à agricultura familiar. Frisa que com a piscicultura é possível “aproveitar os resíduos das propriedades e ter lucratividade grande, além de produzir um alimento elitizado, com fonte de Omega 3”, diz.

Para ele, seria de grande importância que o Município contasse com um frigorífico. “É uma ferramenta essencial para fazer a criação. É o frigorífico que vai absorver a produção”, observa.

Na próxima semana, Francisco participará da Feira do Peixe (no espaço destinado à Feira do Produtor, na rua Benjamim Constant). A preparação para o evento já começou e entre as espécies que os consumidores irão encontrar está a Carpa, com peso chegando a oito quilos.

Feira

Este será o décimo ano que ele participará da feira, oferecendo peixe vivo. Apesar de não ter uma produção comercial, Francisco decidiu participar por ter sido feirante antes de se formar. “Decidi vender peixe porque a Prefeitura iniciou a feira. Eu sempre pleiteei por fazer um preço razoável de venda, para que as pessoas de menos posses possam adquirir o peixe vivo, de boa qualidade”. O quilo das espécies está estipulado em R$ 13. “É quase 50% mais barato que o peixe congelado”, diz.

Francisco não tem lucro com a comercialização, já que a produção é voltada à atividade social. Para ele, sua presença na feira pode servir de exemplo para que outros agricultores ingressem na atividade e a tenham em suas propriedades como fonte rentável.

 

 

Francisco mostra as espécies de peixes da sua propriedade

Foto: Peterson Strack

 

 

Feira do Peixe começa na próxima semana

Assim como Francisco Terasawa, o piscicultor Bruno Slompo também estará na Feira do Peixe, que acontecerá de 11 a 24 de abril. Esta será a quarta participação de Bruno no evento.

O piscicultor tem na atividade sua principal fonte de renda. “É o meu ganha pão”, conta Bruno, que dirige um pesque-pague. A produção corresponde a 30 toneladas/ano, entre Tilápia e Carpa. São 25 mil m² destinados à piscicultura.

Bruno conta que inicialmente mantinha os peixes por diversão, mas os próprios amigos e vizinhos acabaram dando a ideia da implantação de um pesqueiro.

Hoje, com transporte apropriado, Bruno, que atende também a pequenos produtores em termos de logística, acredita que um frigorífico ajudaria bastante no desenvolvimento da piscicultura comercial no Município.

Visita

Bruno esteve na última terça-feira (4) na propriedade de Francisco. A visita foi acompanhada pelo secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivonei Vieira.

Segundo o secretário, os dois piscicultores abastecerão a 13ª Feira do Peixe, com 40 toneladas de peixe vivo. Quem passar pelo evento encontrará além das três espécies (Tilápia, Bagre e Carpa), produtos da agroindústria familiar. A entrada na feira é gratuita.

 

Bruno e Ivonei em visita à propriedade de Francisco Terasawa

Foto: Peterson Strack

 

 

13ª Feira do Peixe em PG

Dia 11 – 17 horas (Abertura oficial)

Dias 12 e 13 – das 8 às 21 horas

Dia 14 (Sexta-Feira Santa) – das 8 às 15 horas

Local – Feira do Produtor (Benjamim Constant)

Entrada – Gratuita

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