Produtores de municípios como Tibagi, Sengés, Arapoti, Jaguariaíva e Ventania deram início ao plantio do trigo. O trabalho se iniciou há cerca de dez dias e deverá seguir até a primeira quinzena deste mês. Na sequência, as plantadeiras serão colocadas nas áreas produtivas de Ponta Grossa, Castro, Palmeira, Carambeí e localidades vizinhas. A semeadura começa mesmo sem expectativa de melhora no mercado comprador.
O produtor, Douglas Taques Fonseca, começou a plantar o trigo na propriedade em Tibagi. Ele optou pelo plantio devido à necessidade de cobertura verde. O trigo ainda é a melhor opção e pode ser que até a próxima colheita muita coisa mude, diz.
Já o produtor, Lourenço Zapotoczny, vai plantar aveia na área antes destinada ao trigo, para cobertura do solo, no sistema de plantio direto para não estragar o solo e manter coberto com cultura de inverno, fala.
Estimativa inicial do Departamento de Economia Rural, do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta para uma redução de 11.200 hectares na área, que deverá cair de 141.200 hectares para 130 mil hectares (18 municípios da região).
A produtividade prevista, neste momento, também não deverá ser superior a registrada na safra 2015/2016, que foi de 3.965 quilos por hectares. A atual está estimada em 3.500 quilos por hectare.
Diante da redução, os produtores deverão colher em torno de 455 mil toneladas, 18,72% a menos que a obtida na safra 2015/2016, que foi de 559,8 mil toneladas.
Estado
No Paraná a área plantada com trigo nesta safra deve cair de 1,09 milhões de hectares (safra passada) para 998 mil hectares. Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, o preço do trigo no mercado, de R$ 31,35, está 18,7% abaixo do custo de produção, diz.
A expectativa é uma colheita de 3,1 milhões de toneladas, volume 9% inferior ao colhido no ano passado.