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Publicação estimula o plantio de araucárias

“A araucária é uma espécie única, e cada vez mais descobrimos coisas novas sobre ela. Precisamos valorizá-la, pois está esquecida e essa é a ideia do livro: novos conhecimentos para a araucária voltar a participar do cenário econômico, de forma sustentável”. Com esta afirmação, o pesquisador Ivar Wendling resume o objetivo do livro “Araucária: particularidades, propagação e manejo de plantios”, do qual é editor técnico junto com o professor, Flávio Zanette, da Universidade Federal do Paraná. O livro foi lançado no dia 24 de junho, Dia Nacional da Araucária, em evento no Auditório do Mercado Municipal de Curitiba.

“A araucária não é peça de museu: tem que ser usada para viver”, corrobora. A proposta dos editores técnicos é a conservação da araucária mediante seu uso. Protegida por Lei por estar ameaçada de extinção, existe pouco interesse em seu plantio ou mesmo no manejo das plantas que já existem, uma vez que é muito burocrático o seu uso com fins econômicos. O raciocínio é simples: que produtores rurais e demais interessados sintam-se estimulados a cada vez mais plantar araucária e possam manejá-la, de acordo com critérios técnicos e dentro do permitido pela legislação, que hoje é bastante restritiva.

“Os legisladores precisam entender que a araucária é um bem econômico, social e ambiental do Brasil”, afirma Zanette. Trabalhando há 32 anos com a espécie, o professor explica que o lançamento do livro representa um marco de apresentação à sociedade de técnicas testadas e efetivas para uso sustentável da araucária.

“A equação do pinhão não fecha”, exemplifica Wendling. “É um alimento cada vez mais demandado, com alto potencial para a saúde. Mas as árvores existentes estão ficando velhas e, com isso, produzem cada vez menos pinhão”, alerta. Já houve, inclusive, interesse para exportação, mas não há produção suficiente para esta demanda. A madeira da araucária, também de alta qualidade, poderia ter usos nobres para geração de renda. “Não estamos incentivando o corte das araucárias existentes”, explica Wendling. “Pelo contrário, precisamos preservar o que existe, mas incentivar novos plantios com qualidade técnica”, completa.

 

Publicação foi lançada no Dia Nacional da Araucária

Imagem: Divulgação

Livro aborda particularidades

O livro aborda particularidades da araucária, tecnologias de propagação, como a produção de mudas de qualidade, tanto por sementes quanto por enxertia ou estaquia, a formação de pomares de araucárias de pinhão precoce e critérios de manejo de plantios de araucária, com considerações sobre suas aplicações, vantagens e desvantagens, visando contribuir ao desenvolvimento de uma silvicultura sustentável.

A publicação é voltada a técnicos, extensionistas, produtores rurais e estudantes que trabalham com a árvore-símbolo do Paraná, além de autoridades que tratam do assunto. Financiada com recursos do CNPq, a obra tem tiragem impressa limitada, porém, está disponibilizada online (https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1070994/araucaria-particularidades-propagacao-e-manejo-de-plantios).

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