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Sindicato quer movimento político para manter Ministério da Agricultura

O anúncio de que o escritório do Ministério da Agricultura terá as atividades encerradas em Ponta Grossa trouxe uma série de preocupações ao setor agrícola e pecuário. Com um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA) de R$ 547,11 milhões em 2016, o Município é estratégico em termos de produção, o que por si só justifica a manutenção da unidade. Diante da importância agrícola e pecuária da cidade, o Sindicato Rural de Ponta Grossa quer ajuda dos deputados para intervir junto ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, para que o mesmo reveja a decisão.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa e do Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, Gustavo Ribas Netto, a entidade fará um “movimento político frente ao ministro da Agricultura”. Para tanto, ele pretende conversar com os deputados eleitos no Município para seguirem juntos, a Brasília, para falar com o ministro. O encontro dependerá da agenda de Maggi.

Gustavo lembra que em junho, quando o ministro esteve em Castro, participando do 5° Fórum Mais Milho, se conversou sobre o fechamento do escritório naquele município. “Não foi falado que se fecharia Ponta Grossa”, afirma. “Recebemos esta notícia com certa surpresa porque Ponta Grossa é referência no agronegócio. Temos indústrias, sementeiras e frigoríficos. A cidade precisa do escritório do ministério. É sede própria, não gera custos pesados”, diz.

Estrutura

Gustavo explica que apesar de Castro contar com indústrias e frigorífico, as empresas possuem estrutura própria para o atendimento a questões prioritárias, o que foi visto pelo próprio ministro quando da visita à unidade da Alegra Foods, em junho. “Sempre se falou da importância da nossa região para o agronegócio, agora fechar o escritório mostra que não estamos sendo valorizados”, avalia.

 

Gustavo: “recebemos esta notícia com certa surpresa”

Foto: Arquivo

 

Portaria mantém unidade de Castro

Portaria publicada no dia 10 de maio deste ano apontava para o fechamento do escritório de Castro, porém a mesma foi revogada. Por outro lado, em 19 de julho último foi publicada uma nova indicando, desta vez, o fechamento da unidade do Ministério da Agricultura de Ponta Grossa. Esta portaria transfere as funções e os servidores para Castro e a previsão é que as mudanças aconteçam dentro de 30 dias.

Além da unidade de Ponta Grossa, o Ministério anunciou o fechamento de outros escritórios como o de Jacarezinho (já fechado), Guarapuava e Pato Branco (em processo de fechamento). A alegação seria reforma administrativa e contenção de gastos.

O escritório local tem sete colaboradores e atende 34 municípios nas áreas de aviação agrícola, produtores e beneficiadores de sementes, produtores de mudas e de fertilizantes, fabricantes de produtos veterinários, inspeção de produtos de origem animal, produtores de bebidas, entre outros.

“Castro não tem estrutura para operar, tem apenas dois servidores, sem sede apropriada. Ponta Grossa conta com salas, sete servidores, veículos e uma estrutura operacional completa”, explica Lucio Flavo Juliatto, servidor do Ministério da Agricultura local. (Reportagem com Luana Souza)

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