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Chegada de novas indústrias pode viabilizar porto seco

Há muitos anos se fala da possibilidade da instalação de um porto seco em Ponta Grossa. Para o prefeito Marcelo Rangel, a chegada de novas indústrias pode justificar a implantação de um recinto alfandegário na cidade, que tem como objetivo aliviar o Porto de Paranaguá. “Eu entendo que isso desafoga o sistema atual e esse desembaraço aduaneiro precisa estar contemplado dentro do desenvolvimento da cidade”, diz o secretário estadual de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Horácio Monteschio. “O porto seco vai trazer maior agilidade e prosseguimento das cargas que vêm do exterior”, completa.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial (Acipg), Nilton Fior, comenta que esse assunto vem sendo tratado há uns 20 anos e que um dos impeditivos apontados para que o porto seco não se concretizasse seria o déficit de funcionários da Receita Federal para atuar no local. No entanto, o delegado da Receita Federal de Ponta Grossa, Gustavo Horn, garante que se o projeto sair do papel haverá servidores designados para atuar no porto seco.

Neste momento, porém, na visão do delegado, a cidade ainda não comporta um recinto alfandegário. “Dentro da 9ª Região Fiscal [da Receita Federal] há interessados em colocar um terminal aduaneiro. Nós [Ponta Grossa] concorremos com outros lugares que apresentam, atualmente, melhores condições para abrigar um recinto alfandegário porque já estão com parque fabril mais configurado e ficam mais próximos de portos. O porto seco só vem para o interior quando se tem polo industrial muito forte. O nosso é expressivo, mas ainda está crescendo”, observa.

Gustavo explica que porto seco é como se fosse um grande guarda-volume para as empresas da região e que sua instalação depende da viabilidade e de um estudo mercadológico. Ele esclarece ainda que o terminal aduaneiro, segundo as regras atuais do governo federal, é criado por meio de concessão. “O governo abre um edital e contrata uma concessionária que se compromete a aplicar determinado preço”, conta.

De acordo com o presidente da Concessionária Rodonorte (que administra as rodovias da região), José Alberto Moita, o porto seco é uma “ideia interessante” e deve ser tratada como proposta de desafogar o Porto de Paranaguá. “E um porto seco aqui deverá trazer mais carga para as rodovias, aumentando o fluxo de veículos”, diz.

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