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Contrastes em tempos de Natal

 

*Emerson Pugsley

Estamos vivendo dias que antecedem o Natal e o Ano Novo. Todos buscando o comércio local, lojas completamente lotadas, o trânsito tumultuado, as filas nos bancos virando a esquina e a noite com suas famosas luzes coloridas a piscar por todos os lados.

Aqui em Ponta Grossa, tenho visto os mercados com suas sortidas prateleiras, com alimentos diferenciados de época, cestas para todos os bolsos e gostos, bebidas adocicadas, crianças buscando o presente dos sonhos, mesmo que para consegui-los, o choro seja necessário.

A famosa avenida central, em certos horários, fica quase intransponível. São carros, motocicletas, ônibus, caminhões e pedestres, disputando o mesmo lugar. Nas portas das lojas, o Papai – Noel conversando com as crianças, distribuindo doces e balas.

Na agência dos Correios, as cartinhas para o bom velhinho de todas aquelas crianças as quais não possuem nenhum recurso financeiro para participar desta época. Mais uma vez, a solidariedade da população marcando presença.

Em nosso Parque Ambiental, a feira especial, com os artesanatos de época, muito lindos por sinal.

Gostaria de olhar mais, o personagem principal da festa, presente nas divulgações natalinas. O principal aniversariante, por mais triste, que isto seja, ainda é esquecido e substituído por mesas fartas, embalagens coloridas e farmácias lotadas de pessoas com ressaca no dia seguinte.

Natal é muito mais do que coisas passageiras, apenas para encher o estômago. É uma celebração, a qual deveria ser lembrada nos 365 dias de todos os anos. Como precisamos de mais amor, respeito, sinceridade, verdade e solidariedade. Estamos ansiosos deixando farmácias ricas e nós cada dia mais pobres.

Vocês podem perguntar então qual é a melhor solução? Eu responderia reaprender a viver na presença de Deus, independente de rótulos, mas dando importância ao conteúdo.

Mas por outro lado, vemos pessoas completamente abandonadas, os vícios destruindo e aprisionando vidas, a luz e as trevas, andando lado a lado, a alegria e o luto também. Nos semáforos, crianças pedindo a tão sonhada moedinha. Parece que esta é a solução para todos os seus problemas. Sabemos que não é bem assim.

O aumento da criminalidade nesta época é gritante. Os comerciantes, cansados de entregar o seu lucro suado para desocupados e marginais. Um dos ladrões ao ser entrevistado ainda citou o nome de Deus. Que contraste em nossa cidade.

Vivemos tempos de vacas magricelas, nos cofres públicos municipais, e o povão miserável e trabalhador ganhando antecipadamente o seu presente. O restaurante popular de portas fechadas e a barriga roncando de fome.

Desejo a cada um de vocês, um feliz e abençoado Natal, repleto de coisas boas e não somente momentos superficiais e passageiros. Deus proteja todos!

 

*Emerson Pugsley é cidadão ponta-grossense

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