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Nossas câmaras também captam solidariedade

* Érica Busnardo

O gesto de solidariedade, captado no dia 28 de novembro por uma das câmeras da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública, ainda repercute nas redes sociais. Em meio à correria daquele dia, pessoas e motoristas apressados, com contas a pagar, com horários a serem cumpridos, corre-corre, estresse, não percebiam a presença daquela idosa frágil, que, apesar da sinalização da movimentada Balduíno Taques, encontrava dificuldades para atravessar a rua.

Mas do outro lado da rua, os estudantes Ana Carolina Antero Martins e Bruno Sansana, provavelmente também com uma sexta-feira (28 de novembro) agitada, dedicaram alguns minutos para olhar o próximo. Ao perceberem a dificuldade daquela senhora com andador, que não encontrava oportunidade para fazer a simples ação de atravessar uma rua, voltaram o caminho já feito para prestar a ajuda necessária. Lado a lado, os três atravessaram a Balduíno. Ana Carolina continuou, até deixar a idosa em local seguro. Recebeu como agradecimento um beijo daquela senhora que agora sorria.

A solidariedade foi vista por muita gente – muitas mesmo – através da televisão, youtube, facebook, whatsapp. A imagem surpreendeu as pessoas atarefadas e estressadas, que vivem no corre-corre, com horários a serem cumpridos. Claro que não presenciei a reação dessas pessoas ao assistir a cena, mas certamente, acredito eu, esboçaram um sorriso de mea culpa e pensaram: eu poderia ter feito isso. Bom, pelo menos essa foi a minha reação, depois de ver a imagem na Central de Monitoramento da Secretaria de Cidadania e Segurança Pública.

Viu, nossas câmeras também captam solidariedade, disse-me o diretor de Tecnologia, Henrique Salomon Pinto. E antes que eu propusesse divulgação sobre a fantástica Central de Monitoramento (sim, é realmente hipnotizante), ele foi logo me explicando: o município tem 28 câmeras instaladas em pontos estratégicos do município, que filmam a cidade durante 24 horas por dia e garantem imagens captadas num raio de 360º. Elas estão instaladas em locais de grande circulação de pessoas e pontos estratégicos da cidade, escolhidos com base nas estatísticas de criminalidade, feitas pelas forças de segurança do município.

E por 24 horas três guardas municipais (claro que há o revezamento) acompanham todas as cenas da cidade em tempo real, através das oito telas da Central de Monitoramento, sendo três de 46 polegadas e cinco de 32 polegadas. Imagens perfeitas até mesmo para mim, uma pessoa míope, sem a lente de contato do olho direito. Aliado aos equipamentos modernos está o trabalho da equipe formada por pessoas altamente capacitadas para a função. Não perdem o foco em momento algum, nem mesmo quando dão entrevista. Seis olhos e três cérebros concentrados nas telas.

Na sala ao lado, o analista de sistemas Rogério Büchner também acompanha o funcionamento de toda a Central de Monitoramento. Mas a atenção dele não fica somente nesta atividade. Apesar da correria que o trabalho exige, ele dedica alguns minutos para olhar o próximo, assim como fizeram Ana Carolina Antero Martins e o Bruno Sansana. Foi dele a percepção do ato de solidariedade de pouco mais de um minuto e cinquenta segundos em meio a tantas horas de imagens.

Para quem não viu, acesse www.youtube.com/watch?v=-Gm–djFy5w

 

*Érica Busnardo é jornalista e atua na assessoria de imprensa da Prefeitura de Ponta Grossa

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