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Vigilância para garantir mudanças

*Sidney Anversa Victor

Acabou 2014. Foi um ano de Copa do Mundo, eleições acirradas e baixo crescimento do PIB, que apresentou dificuldades para os setores produtivos. Os desafios são muitos e como sempre ocorre em cenários adversos, haverá oportunidades a serem aproveitadas. Dentre elas, implementar um processo mais eficiente de gestão é uma prioridade para os empresários gráficos.

Num cenário com baixo nível de atividade econômica, as empresas precisam aumentar a sua eficiência, não só no plano administrativo e gerencial, como em produtividade, qualidade, prospecção do mercado, treinamento e eficiência dos recursos humanos e principalmente, atender à satisfação dos clientes. Tudo isso estabelece diferenciais competitivos importantes em épocas de vacas magras.

Como resultado das eleições de outubro último, quando 50% do eleitorado deu uma mensagem clara de que deseja mudanças, já se notam algumas respostas do governo, como uma sinalização mais forte de combate à inflação e a aprovação de lei que desonera a folha de pagamentos de vários setores da economia. Porém, isso ainda é muito pouco ante as dificuldades a serem vencidas.

Precisamos de ações concretas e amplas para que o Brasil volte a crescer em patamares mais elevados, como mais estímulo às exportações, o que implica melhor balizamento do câmbio, reforma tributária, ajuste fiscal, mais segurança jurídica e eficiência da máquina pública. Para adotar todas as providências necessárias, o governo precisa ouvir mais a sociedade e os setores produtivos, para não repetir equívocos, de impor medidas econômicas que acabam não apresentando qualquer resultado prático positivo.

A sociedade brasileira precisa cobrar as promessas de campanha feitas pela presidente Dilma Rousseff na propaganda eleitoral gratuita, nas entrevistas à imprensa, nos debates televisivos e no seu discurso comemorativo da vitória eleitoral.  Nesse sentido, acredito que as entidades de classe, de todos os setores, tenham grande responsabilidade, pois elas conhecem em profundidade as dificuldades e necessidades de cada segmento produtivo do País. E, além disso, têm a força legítima da representatividade.

A Abigraf Regional São Paulo estará alinhada à Nacional, no sentido de que a representação associativista da indústria gráfica paulista seja muito proativa nesse processo cívico e político de engajamento da sociedade. É preciso interagir com o governo, sugerir e reivindicar a adoção das medidas necessárias ao avanço do Brasil a um novo patamar de desenvolvimento. Esta será uma ação muito forte de nossa gestão, atuando em tudo o que diga respeito aos interesses regionais, apoiando e participando nas demandas pertinentes à esfera nacional.

Mobilização dessa natureza poderá contribuir para uma melhoria do ambiente de negócios e uma retomada mais rápida do crescimento econômico, embora se espere que 2015 seja um ano mais de ajustes da economia do que de aquecimento do nível de atividade e expansão dos investimentos. Por isso mesmo, as gráficas devem preparar-se bem, aumentando sua eficiência empresarial para enfrentar as dificuldades conjunturais.

Mais do que nunca, é hora de fortalecermos nossas entidades de classe. Para isso, nada melhor do que a participação mais ativa dos associados, transformando nossas associações e sindicatos em fortes polos de ideias, propostas e encaminhamento de sugestões ao Governo Federal, estados e prefeituras. É preciso acreditar no Brasil e trabalhar muito para que nosso país possa seguir um caminho de prosperidade.

 

*Sidney Anversa Victor

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica-SP

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