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Ensino Profissionalizante

*Wanda Camargo

A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), publica documento de análise e construção de um marco quantitativo destinado ao setor educacional privado, de extrema utilidade para estudiosos e pesquisadores educacionais, tanto dos setores privado quanto público.

No relatório é possível perceber que, na faixa de 15 a 19 anos, a educação profissionalizante vem se tornando uma opção em relação à conclusão do ensino médio regular, no qual o país enfrenta evasão tradicionalmente forte e preocupante.

Na esfera pública, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica tem uma história de mais de cem anos, com suas atividades iniciais representando política de favorecimento às camadas mais desassistidas da população, e que hoje constituem excelente meio de acesso às conquistas tecnológicas para toda a sociedade.

Atualmente, para qualificar seus funcionários, os empresários brasileiros contam também com o chamado Sistema S, formado por 11 organizações criadas pelos mais variados setores produtivos, da indústria ao comércio, que oferecem cursos gratuitos ou de preços acessíveis, e mantém uma rede de escolas, laboratórios e centros tecnológicos espalhados por todo o território nacional. Participam o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Sesi (Serviço Social da Indústria) e outros.

Muito do desenvolvimento regional está atrelado a estas novas configurações do mundo do trabalho, permitindo aos jovens uma formação para acesso mais imediato ao trabalho, além de contribuir para a elevação da escolaridade de trabalhadores em todas as faixas etárias.

O ensino técnico é considerado mediador entre a educação básica e a formação profissional, gerando inúmeras discussões sobre sua estrutura mais adequada, sua concepção temporal – já que as necessidades produtivas mudam profundamente com o desenvolvimento tecnológico – seus determinantes econômicos, a forma regional de organização social e até mesmo política.

A modalidade à distância é também uma realidade neste tipo de aprendizagem, principalmente em cursos de base mais teórica, que não necessitam de uso intensivo de laboratórios e oficinas.

Na forma presencial ou à distância, é indispensável o acompanhamento constante das fundamentações dos cursos, e avaliação periódica de funcionamento.

O ensino profissionalizante foi, durante muito tempo, vítima de preconceitos diversos, como se a única finalidade da educação fosse alfabetizar primariamente parte da população e formar uns poucos bacharéis dentre os privilegiados que chegassem à universidade. O crescimento do parque industrial do país em volume e complexidade, a expansão do uso de tecnologias sofisticadas em todas as áreas, como saúde, agricultura, transportes, segurança, e outras, geram necessidade de pessoas qualificadas tecnicamente para seu uso e manutenção.

As práticas de ensino, pesquisas desenvolvidas e as inovações trazidas por este espaço de ensino-aprendizagem destacam-se no panorama educacional, pela proximidade mais imediata com o mercado de trabalho, pelo progressivo aumento do reconhecimento científico dos portadores destes diplomas, assim como as mais altas faixas de remuneração obtidas.

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