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A base rachou

 

Antes fortalecida mesmo desgaste de votações polêmicas como o ‘pacotaço’ e a alteração no Paranaprevidência, a base governista na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) dá sinais de desgaste e divisão. Ontem o PSC, dono da maior bancada na Alep anunciou publicamente que é contrária ao reajuste de 5% aos servidores públicos. O líder do PSC na Assembleia, Hussein Bakri, discursou na sessão de ontem na Alep se dizendo favorável ao reajuste de 8,17% para o funcionalismo. O PSC tem 12 cadeiras na Alep, e era um dos alicerces da bancada governista, que agora vê as possibilidades de aprovar o reajuste proposto pelo Executivo cada vez menores.

 

Perto dos 30

Com a debandada do PSC, além dos independentes, estima-se que o número de deputados estaduais que votaria contra o reajuste proposto pelo governo seria próximo de 30 nomes. Se as contas estiverem corretas, permaneceriam fiéis ao governo Beto Richa (PSDB) no máximo 24 parlamentares. ainda assim, a conversa nos corredores da Assembleia Legislativa é de que até mesmo deputados do partido do governador já teriam se mostrado contrários a votar pela proposta do Executivo. Para um projeto ser aprovado na Alep, precisa de no mínimo 27 votos.

 

Barulho demais

A sessão plenária de terça-feira (19) da Assembleia Legislativa foi encerrada às 15h49. O presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), não tolerou o barulho que os servidores que lotaram as galerias da Alep e decidiu acabar prematuramente com a sessão. A medida está prevista no artigo 19 e no artigo 20, inciso XIX, do Regimento Interno da Assembleia. Traiano já deu indícios de que não é muito adepto à presença popular na Casa. O parlamentar foi um dos que defendeu o fechamento da Alep na votação da alteração do Paranaprevidência.

Estão surdos

Ao ver a sessão da Alep encerrada prematuramente, a oposição não perdeu a oportunidade em alfinetar a base governista. “O sistema auditivo da base do governo está muito sensível, assim como o governador que foge por não aguentar escutar opiniões contrárias às suas”, criticou Requião Filho (PMDB), um dos nomes mais ativos da ‘oposição pura’ na Alep. O Plenário do Legislativo volta a se reunir nesta quarta-feira, a partir das 14h30, e a promessa é de que os ânimos permaneçam agitados.

 

Plano de Educação

Enquanto não se chega a um acordo sobre o reajuste dos servidores, o Plano Estadual de Educação (PEE), que traça metas e estratégias para todos os níveis e modalidades de ensino no Paraná pelos próximos dez anos, foi encaminhado ontem à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. “As audiências públicas realizadas ao longo de abril garantiram que o Plano Estadual e os Planos Municipais estejam em consonância”, disse a secretária de Educação do Estado, Ana Seres.

Rápidas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf) foi instalada ontem. Autor do requerimento de criação da CPI, o senador Ataydes de Oliveira (PSDB-TO) presidiu a reunião e foi conduzido como presidente da CPI.

A CPI do Carf foi motivada pela Operação Zelotes da Polícia Federal, que apontou casos de corrupção no conselho responsável por decidir sobre recursos na área tributária. O conselho pode modificar multas aplicadas pela Receita Federal ou até determinar a anulação delas. O Carf é vinculado ao Ministério da Fazenda.

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