em

QUANDO JULGAMOS FECHAMOS AS PORTAS PARA A COMPREENSÃO.

QUANDO JULGAMOS FECHAMOS AS PORTAS PARA A COMPREENSÃO.

 

Por Eliane Prado

Certa vez ouvi de um grande teólogo que: muito do mal é feito no mundo por gente boa, que não sabe que não é verdadeiramente boa. Então me lembrei de uma história bíblica que ouvia desde menina.

Simão o piedoso e prospero Judeu e fariseu convidou Jesus, para comer com ele. Enquanto a refeição era servida, de repente, sem convite, chega uma pessoa rotulada Pecadora. Alguém diferente!  Trazia com ela um frasco de perfume e se dirigiu direto para Jesus. Antes mesmo de remover a tampa do perfume, ela já chorava, banhando com lágrimas os seus pés, esquecendo-se de que nenhuma mulher respeitável faria isso na presença dos homens.

Soltou os cabelos para enxugar as lágrimas, cobriu os pés de Jesus com beijos e ungiu-os com o perfume que trazia. Simão ficou em choque vendo Jesus, imperturbável, aceitando a homenagem da mulher.  Naquele instante, ela conheceu o amor e o respeito, não foi desdenhada! Pela primeira vez foi aceita! Teve quem sabe, pela primeira vez a sensação de liberdade e aceitação.

Simão não vê as coisas desse modo. Tudo o que ele vê é sua mesa sendo invadida pela desprezível criatura, e pensa Se este homem fosse realmente um profeta, saberia que espécie de mulher o está tocando.

-Simão! – Disse Jesus lendo seus pensamentos: Tenho uma coisa a te dizer e conta a Simão uma parábola, que a princípio, soa como um conto agradável, mas que esconde em suas linhas algo que salta de repente, e põe Simão em nocaute.  O objetivo de Jesus é levar Simão a conhecer certas verdades sobre si e sobre a mulher.

Ele nem desconfia que a história é endereçada a ele. Jesus volta-se e pergunta a ele – Simão, vês esta mulher? _. Olhe para ela! _. Mas ela era tudo o que precisamente Simão não podia ver. Tudo o que enxergava era a imagem preconceituosa que tinha. Mas Jesus estava tentando penetrar em seu íntimo, para que Simão se reconhecesse melhor. _Simão, quando entrei na tua casa _Continua Jesus. Não me beijastes, esta mulher que despreza não cessou de beijar-me os pés. Não me deste água para lavá-los, esta mulher, porém, lavou-os com suas lágrimas. Não me ungistes com óleo, ela porem, ungiu-me os pés com perfume precioso.

Para Jesus estas três pequenas cortesias orientais, não eram triviais, e revelaram á pessoa da mulher do mesmo jeito que a omissão delas por parte de Simão, revelou sua alma farisaica.

Simão demonstrou nada conhecer de seu próprio pecado, de suas descriminações, de sua própria natureza humana. Mas estava totalmente convencido dos pecados da mulher que ele havia rotulado.

Não é verdade que muitas vezes não temos um fariseu que, disfarçado, mas muito ativo, ainda se esconde em cada um de nós? Quantas vezes, temos a presunção de colocar-nos como juizes de outros, aos quais não estamos qualificados para julgar? Quantas vezes temos o nosso coração tão propenso a divagar e tão rápido a esquecer dos votos feitos á Deus, tanta pressa em trazer a Ele os erros dos outros, e muita relutância em confessar nossos próprios pecados?

O julgamento é um fardo, nos sentimos mais leves quando nos livramos dele, julgar impõem rótulos de certo ou errado em situações que simplesmente são, então, antes de julgarmos os outros, devemos primeiro olhar demoradamente dentro de nós mesmos.

Podemos compreender e perdoar muitas coisas, mas quando julgamos, fechamos as portas para a compreensão e abandonamos o processo de aprender a amar o outro como ele é.

.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.