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Reflexões de um tumultuado trânsito urbano

Estou escrevendo este artigo, após ler, a manchete de capa, deste mesmo jornal, a qual diz: Acidente deixa dois feridos. Um caminhão erroneamente estacionado o dia todo, em um local proibido, ocasionou mais um grave incidente em nossa cidade de Ponta Grossa. O palco de tudo foi a Avenida Visconde de Mauá, nas proximidades da rotatória das indústrias.

Todos mobilizados, para o cuidado e locomoção dos feridos. A dor se fez presente e o sangue manchou o asfalto mais uma vez. O fato ocorreu na última terça-feira a tarde. Mas o que mais me chocou, foi que na manhã desta quarta-feira, outro acidente, agora envolvendo um veículo e caminhão, exatamente no mesmo lugar do primeiro. Um susto a cada momento. Vidas sendo mutiladas.

E na esquina da Cel. Dulcídio com a Comendador Miró, uma mãe com seus cinco filhos, foi atravessar e um destes, correu na sua frente, sendo atingido por um veículo, o qual não teve culpa. Graças a Deus, somente ferimentos, mas a vida foi preservada.

Até parece, que os postes e muros, tem o poder de caminhar. Todos os dias, fico observando, os lugares pelos quais sempre passo, e vejo coisas novas. Muros derrubados, grades tortas, postes destroçados. São os vestígios das famosas noitadas. A mistura da velocidade, com o uso de bebidas mais fortes, faz uma vitamina mortal. É preciso responsabilidade ao volante.

Na última semana, tivemos a inauguração oficial da Trincheira, do Distrito Industrial. Minutos após a cerimônia, alguns veículos já se envolveram em um acidente naquele local, sem vítimas fatais. Os motivos do ocorrido não conheço, mas vivemos na era das distrações, como o celular, músicas altas, animais soltos dentro do carro e outros fatores, que devem ser evitados ao máximo.

Eu mesmo, quando preciso atravessar uma rua ou avenida, busco a faixa de pedestres. Assim eu aprendi desde criança. E é preciso esperar o semáforo ficar no vermelho. O que mais me causa preocupação, é que na correria diária, os motoristas não me respeitam. Além de furar o sinal em plena luz do dia, ainda ficam revoltados com a minha presença naquele local. É a contradição entre o motorizado e o cidadão a pé, desprotegido.

Leis, temos várias para o trânsito, inclusive um Código específico. Mas não basta instalar radares, é preciso um trabalho maior de conscientização e punir exemplarmente os apressadinhos de plantão. Depois que as tragédias ocorrem, fica somente a saudade, como o caso da professora, atropelada e morta um ano atrás, na Avenida Silva Jardim. Estava somente caminhando na calçada, quando um veículo desgovernado esmagou sua existência e seus sonhos.

cidade toda irá agradecer se tivermos motoristas mais conscientes e que coloquem na prática tudo aquilo que um dia estudaram na teoria da autoescola. Mais um desafio aos nossos futuros administradores municipais. É para aguardar!

 

Emerson Pugsley é cidadão ponta-grossense

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