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Doutor em economia orienta como decidir em situações de risco e incerteza

O Brasil passa por uma crise política que afeta diretamente a economia e a fase é de cautela tanto para a população quanto para as empresas. O economista Wesley Pech, PhD em Economia pela Universidade de Massachusetts e professor de Economia da Wofford College, nos Estados Unidos, retorna ao Centro Universitário Internacional Uninter, mas desta vez para falar sobre Risco e Incerteza: como julgar e tomar decisões, um tema que se encaixa na situação atual do país.

Como ajustar o planejamento estratégico de um negócio a tantas turbulências na política, com desdobramentos na economia?

Se houvesse uma regra geral para esse ajuste, a disciplina do mercado criaria os incentivos para todas elas seguirem essa regra. E como há uma variabilidade grande de práticas empresariais, mesmo em um período recessivo, isso funciona como evidência de que não há uma regra de bolso a ser seguida por todas elas. Por isso, a melhor decisão para uma empresa, do ponto de vista de planejamento estratégico, depende do que os competidores dessa empresa estão fazendo. Isso varia de caso a caso, pois quase nunca é possível observar com precisão as práticas estratégicas dos concorrentes.

Como discernir o que é fato real de uma notícia falsa?

A variável mais importante de longe é a reputação da fonte da informação. Onde você viu ou ouviu isso? De um amigo, no Facebook, em um blog, em um jornal impresso ou na televisão? Embora a gente não possa afirmar com certeza que tudo que sai em um jornal impresso ou na televisão é verdade, esses meios de comunicação sofrem a pressão do mercado. Por isso, fontes de informação que estão sujeitas à disciplina do mercado vão tender, no longo prazo, a manter uma reputação de sempre fornecer uma informação mais precisa.

O que fazer para reordenar modelos mentais que criam gatilhos na tomada de decisões?

Duas coisas: primeiro, entender quais são essas armadilhas mentais. E segundo, tentar praticar esse senso crítico da maneira mais frequente possível. As falácias cognitivas são equivalentes às gorduras indesejáveis do nosso corpo. É necessário uma prática constante de exercícios mentais para ver algum resultado no longo prazo.

Uma empresa pode ter um modelo de gestão adaptável a este turbilhão de mudanças no mundo?

Não só pode, como deve. Porém, isso não significa que vai ser fácil enxergar o que é certo, porque o melhor para você depende do que outras empresas estão fazendo, e essas outras empresas também estão com o mesmo objetivo. No entanto, uma generalização importante que pode ser feita é de que sempre existirá um ‘trade-off’ entre performance e flexibilidade. Uma empresa precisa deslocar recursos para estar mais preparada para turbulências do mercado no longo prazo. Isso poderá ajudá-la em momentos mais incertos. Mas esse desvio de recursos sugere também que em momentos não turbulentos, a empresa terá menos recursos para aproveitar aquele momento e poderá perder alguma posição no ambiente competitivo.

FRASE:

Bons amigos, bons livros e a consciência tranquila: esta é a vida ideal

(Mark Twain)

Hamilton Fonseca|Headhunter|[email protected]

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