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País do Futuro

Por Laércio Lopes de Araujo – [email protected]

 

Nosso país sempre foi o País do Futuro! E é tão verdadeiro que continuamos a ser um país para o futuro que nunca se realiza no presente! Tal discurso justifica a nossa história de crises e retrocessos.

Neste momento de apatia e abulia da cidadania, momento em que um ex-presidente, que galvanizou por um tempo não tão breve o sebastianismo que herdamos de Portugal, mas que se revelou um Macunaíma, faz campanha para a presidência da república em 2018 no Nordeste, o que pensar para o futuro?

As lei proíbem a campanha antecipada mas os políticos que estão acima do bem e do mal não têm limitações. Nem morais, nem políticas e nem legais!

O Macunaíma que nos governou ensina ao povo que governar sem memória, que abusar dos fatos alternativos, que mentir descaradamente sobre a história do país, tem suas recompensas.

A maior depressão econômica da história brasileira é obra dos governos do PT. O descalabro político é obra do partido. O mensalão, o brutal déficit público, a desindustrialização, a piora dos indicadores de saúde e de educação, ocorreram durante e por conta da catastrófica gestão desses governos.

No entanto, substituído por um político profissional que foi eleito com dificuldade para deputado federal por São Paulo na última eleição de que participou, e que construiu sua carreira política na máquina partidária mais oligárquica e reacionária da política brasileira, agora não é responsável por nada que está acontecendo no Brasil!?

Os brasileiros temos uma memória extremamente seletiva e infelizmente curta. O descalabro social, educacional, econômico e político em que nos achamos é sim obra do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva.

É lamentável que a dependência e o clientelismo gerados com um programa de redistribuição de renda como o Bolsa Família, produza uma alienação política que tolde a compreensão da sociedade para a situação de colapso a que chegou a nação brasileira.

A Reforma Política que sabidamente atropelaria toda e qualquer outra reforma tem como propositor um deputado federal do PT. O Distritão, o Fundo para a Democracia e a proposta de retorno do financiamento privado, nasceram do partido que trouxe o país a este ponto de ruptura.

Se os brasileiros não souberem fazer uma leitura coerente e honesta dos tempos que vivemos, estaremos condenados a querer entregar título de Doutor Honoris Causa a políticos corruptos. Estaremos condenados a tolerar em nome de egoísmos e de privilégios o retorno ao governo da Cleptocracia que lá se instalou há 15 anos e que agora tenta reformar a política para que tudo permaneça como está e para que se perpetuem no poder.

Quando lemos os jornais diários, quase acreditamos que todos os males do Brasil começaram com o governo atual há apenas pouco mais de um ano! Querem nos fazer crer que os 13,5 milhão de desempregados são culpa do Temer, já que ele tem 90% de reprovação.

Querem nos fazer crer que o país se desindustrializou, que a dívida pública estourou, que a Petrobrás foi assaltada, tudo por culpa de um governo que herdamos do PT, mas esse, não tem qualquer responsabilidade.

O mais lamentável de tudo isso é que a esquerda nos toma por idiotas e a direita por estúpidos! O mais triste é que sem crítica, sem determinação, sem coragem, tudo mudará para permanecer exatamente como está.

Assim, como nunca antes na história deste país, muitas mentiras, à exaustão repetidas, ter-se-ão por verdades.

E em coro repetiremos: Sem medo de ser feliz!

 

 

 

 

O autor é médico e bacharel em direito formado pela Universidade Federal do Paraná, atua em psiquiatria há 27 anos, Mestre em Filosofia e especialista em Magistério Superior.

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