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BC vê espaço para queda gradual de juros, mas avaliará ritmo de corte

Na semana passada, juros básicos da economia caíram para 14% ao ano.
Mercado prevê que taxa de juros recuará para 11% até setembro de 2017.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou nesta terça-feira (25), por meio da ata de sua última reunião que a convergência da inflação para a meta central de 4,5% em 2017 e 2018 é compatível com uma “flexibilização moderada [cortes de juros] e gradual das condições monetárias”.

“O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária [redução da taxa básica da economia] ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%”, acrescentou o BC.

Na semana passada, o Copom decidiu baixar os juros básicos da economia de 14,25% para 14% ao ano, um corte de 0,25 ponto percentual na primeira redução da taxa Selic em quatro anos. O corte dos juros já era esperado pelo mercado.

O Banco Central toma as decisões sobre a taxa de juros olhando para a frente e tendo como objetivo cumprir as metas de inflação previstas pelo sistema em vigor no país. Para 2016, 2017 e 2018, a meta central é de inflação em 4,5%. Entretanto, o sistema prevê um piso e um teto, que é de inflação em 6,5%, em 2016, e em 6% em 2017 e 2018.

O Banco Central informou, na ata do Copom, entender que o ritmo de redução dos juros será calibrado, sempre levando em conta as suas projeções de inflação e seus fatores determinantes, de modo a perseguir uma trajetória que permita cumprir a meta para a inflação para 2017 e 2018.

Para os economistas dos bancos, a taxa Selic continuará caindo nos próximos meses. A estimativa é de que o Copom, que se reúne a cada 45 dias, continuará a reduzir a Selic até setembro de 2017, quando a taxa deverá estar, pelas previsões, em 11% ao ano.

Inflação favorável
Na análise do Copom, a inflação recente mostrou-se “mais favorável que o esperado,
em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimentos”.

“A experiência brasileira recente, com período prolongado de inflação alta e expectativas acima da meta, ainda pode reforçar mecanismos inerciais [inflação passada sendo transmitida para frente]. Há sinais de uma pausa recente no processo de desinflação dos componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, o que pode sinalizar convergência mais lenta da inflação à meta”, informou o BC.

Acrescentou que, nesse caso, “uma maior persistência inflacionária requer persistência maior da política monetária”. Por outro lado, avaliou que o processo contínuo de “distensão do mercado de trabalho” (aumento do desemprego) e a “desaceleração significativa da atividade econômica podem, a princípio, produzir uma desinflação mais rápida”.

Fatores para cortar juros
De acordo com o BC, a magnitude do processo de corte de juros e “uma possível intensificação do seu ritmo” dependerão de evolução favorável de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação em 2017 e 2018.

Segundo o Copom, os fatores são esses: que os componentes do IPCA (a inflação oficial) mais sensíveis à política monetária (processo de corte de juros) e à atividade econômica retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada; e que o ritmo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia contribuam para uma dinâmica inflacionária compatível com a convergência da inflação para a meta.

Contas públicas
O BC informou ainda que todos os membros do Copom reconheceram os avanços e os esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais. Um dos pilares do ajuste fiscal, a PEC que institui um teto para os gastos públicos foi aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados.

“Os membros do Comitê enfatizaram que esses esforços são fundamentais para a estabilização e o desenvolvimento da economia brasileira. O Comitê deve acompanhar atentamente esses esforços, uma vez que têm reflexos importantes no processo de
desinflação”, informou o BC.

Segundo a autoridade monetária, há consenso no Copom de que a velocidade no processo de apreciação das propostas de ajustes tem excedido as expectativas.

“Entretanto, a natureza longa e incerta do processo sugere que há, ao mesmo tempo, risco e oportunidade. Todos concordaram que as implicações do processo de ajustes na economia para a dinâmica da inflação dependem não somente dos impactos de medidas de curto prazo sobre a demanda agregada, mas também da percepção de melhora da dinâmica das contas
públicas no médio e longo prazos”, acrescentou.

Conselho Curador do FGTS aprova orçamento de R$ 87 bilhões para 2017

Para o período de 2017 a 2020, investimento previsto é de R$ 331 bilhões.
Valores para os próximos anos serão menores do que o previsto em 2017.

O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (25) um orçamento de R$ 87 bilhões para habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana para o ano de 2017.

O orçamento para 2017 é 17% menor do que aprovado para 2016, que era de R$ 104,7 bilhões. Inicialmente o orçamento de 2016 era de R$ 83,6 bilhões, mas em fevereiro esse valor foi elevado em R$ 21,7 bilhões.

Segundo o Ministério do Trabalho, somente o setor de habitação popular terá um orçamento de R$ 63,5 bilhões para o próximo ano, o que vai possibilitar a geração ou manutenção de 2,5 milhões de empregos na construção civil.

Em mobilidade urbana o investimento será de R$ 14 bilhões e R$ 9,5 bilhões em saneamento básico.

Para o período de 2017 a 2020, o orçamento para estas três áreas aprovado pelo Conselho Curador do FGTS é de R$ 331 bilhões.

Para os próximos anos os valores de investimentos do FGTS serão menores. Em 2018 o orçamento previsto é de R$ 81,5 bilhões, de R$ 81,75 bilhões em 2019 e de R$ 80,75 bilhões em 2020.

Os valores para 2018 e 2019 são maiores dos que os aprovados em 2015. No ano passado, o Conselho Curador do FGTS estimou em R$ 69,9 bilhões o orçamento para 2018 e em R$ 70,4 bilhões o de 2019.

Minha Casa Minha Vida
No setor de habitação, R$ 58,5 bilhões serão investidos em moradias populares, sendo que R$ 48,5 bilhões devem ser destinados ao programa Minha Casa Minha Vida.

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