No mundo atual, cosmopolita por excelência, nada se cria, tudo se recria, se repagina à luz dos novos tempos, inéditos momentos, quando em cenário atualizado, as capacidades são colocadas à prova. No rol da miscelânea de terminologias, a palavra “Diva”, sinônimo de deusa, encontra espaço para destacar mulheres cujos feitos, atitudes ou valores se deseja homenagear. Por vezes em versões mais glamorosas também, como as grandes cantoras, amadas e alçadas à esfera de “Divas” pelo poder de encantamento despertado. Justiça seja feita, as intérpretes assim nominadas, independentemente do perfil pessoal comportamental, impressionam pela beleza e técnica refinadíssimas na voz. As primeiras imagens descobertas, que retratam as antigas deusas, remontam ao período Paleolítico superior, entre 35.000 e 10.000 a.C. Esculturas femininas chamadas “Vênus”, compostas de seios e genitália destacados e fartos. Antigos mitos e crenças associados aos aspectos psicológicos, geofísicos e econômicos da cultura matriarcal. O feminino, desde os primórdios, inerente aos períodos da terra, às estações do ano, aos ciclos de plantio e colheita, surgindo das mulheres a familiaridade para contar o tempo, nos primeiros calendários, lunares como as próprias em suas dinâmicas corporais mensais de fertilidade e menstruação. Ao longo da história, culturas politeístas e monoteístas integraram divindades femininas e masculinas, em panteões separados ou como aspectos complementares de uma única entidade superior. Na contextualização atual, remontam as deusas aos arquétipos das virtudes a serem cultivadas, que se expressem e se multipliquem formando mulheres dadivosas. O potencial individual, tanto quanto as peculiaridades, enquanto atributos pessoais, quando somados, podem exerceu seu papel de contribuição em cultivar cultura humana.