Bons motivos
No meio corporativo, a obsessão por cumprir metas faz com que um gestor não desista facilmente daquilo que busca, faz com que falsas desculpas e mentiras não sejam aceitas e, principalmente, garantem que apenas discursos não resolvam a situação. No meio corporativo, um gestor tem de cumprir as suas metas e quando não consegue, os motivos têm de ser realmente verdadeiros. Infelizmente no meio político as coisas não são bem assim.
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Diferentes objetivos
Quando um candidato promete muito, de maneira descabida, está comprometido apenas com uma coisa: ganhar a eleição. Ele já tem as respostas prontas, tem exatamente todos os motivos para justificar a não execução daquilo que prometeu. Há casos de governadores que se elegeram e foram reeleitos dizendo que iriam acabar com uma tarifa qualquer, de determinado tipo de tributo. Entretanto, oito anos depois, esse mesmo político continuava dizendo que lutou incessantemente, mas não foi possível. Ele dizia isto como se não soubesse desde o inicio que não era possível.
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Sem comparações
Portanto, no meio corporativo não se pode comparar o não cumprimento de uma meta com o comportamento de um político porque quando as metas de um gestor do mercado corporativo não são cumpridas significa que elas eram exequíveis, mas algum fato realmente relevante impediu-as de se realizarem. Já, na política, basta prometer, pois nós eleitores não costumamos ter uma memória tão boa assim e muito menos, depois da eleição, temos grandes instrumentos para cobrar e exigir que as promessas se tornem prática. Pense nisso!
(Luciano Salamacha)