Talento de poucos
Quem tem a capacidade de compreender o mercado quer, o que o mercado deseja, tem muito mais que apenas uma habilidade. Uma pessoa que descobre o que o mercado quer, na verdade tem a capacidade de gerar milhões de reais todos os dias. É isso mesmo, milhões! Acontece que se trata de um talento que poucas pessoas têm. Você conseguir determinar com precisão o que o mercado irá comprar é algo quase que magico. E ainda, se é uma pequena parcela da população que tem essa capacidade, ainda é muito menor dentro desse pequeno grupo a quantidade de pessoas que conseguem transformar essa percepção, essa sensação, em um negocio real.
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Radical
Por isso mesmo é importante dizer ao leitor que não há fórmula mágica ou muito menos há um entendimento claríssimo sobre o que o mercado deseja. Se você observar todas as inovações radicais que aconteceram até hoje, perceberá que vieram muito mais da genialidade de quem teve a ideia do que propriamente do mercado dizendo o que queria. Mas, eu disse inovação radical, aquela que muda por completo um segmento, um produto, um mercado. Um exemplo de uma inovação radical foi o que aconteceu com os smartphone quando passaram a ter telas que substituíram e eliminaram por completo a presença de teclados físicos. Agora tudo é baseado em telas touch.
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Satisfação
Contudo, existe outro tipo de inovação em que o mercado te dá pista sim: a inovação incremental, que é aquela inovação em que você pega um produto existente, ou um conjunto de tecnologias existentes, e as concentra num único produto. É também o caso dos produtos que nascem para atender um produto principal, como o caso das baterias acessórias para os celulares ou os carregadores para os carros. Veja! Uma bateria não existe sem o produto principal que é o celular, mas de outro lado decorre da demanda de quem tem o celular para que consiga ter uma bateria mais duradoura. Resumindo, faça a lição de casa observando os produtos que satisfazem o consumidor hoje, identificando os produtos que podem complementar tal satisfação. Esse é um bom caminho para se aprender a inovar sem errar tanto. Para a coluna Visão Empresarial
Luciano Salamacha