Harmonizar
A imposição de quotas normalmente é feita de maneira legal nas organizações, ou nas instituições públicas e visa proteger as minorias que sem essa proteção legal acabam sofrendo discriminação, segregação, e até mesmo algum tipo de isolamento onde atuam. Entretanto, achar que estabelecer quotas auxilia no processo de compreensão da queda da discriminação pode ser um erro muito sério e eu explico por que. Se realmente se quer uma convivência harmoniosa entre as diferenças, não se pode propor a segregação das minorias e automaticamente segregando também as maiorias.
Igualdade de atitudes
Isso é um problema e a gente tem visto várias situações, mas uma especificamente quero dividir com vocês aqui da coluna Visão Empresarial. Anos atrás, num café na cidade de São Paulo, um casal homossexual foi convidado pelo segurança a se retirar do estabelecimento porque estava praticando atos libidinosos. No outro dia havia uma manifestação na frente daquele café para proteger o casal por conta da homofobia. Agora vem uma pergunta: se fosse um casal heterossexual que estivesse realizando atos libidinosos dentro daquele café, o segurança não deveria retirá-los também? Afinal esse constrangimento era decorrente do ato daquelas pessoas independente de serem homo ou heterossexuais.
Evitar conflitos
Contudo, nesse caso quem iria levantar a bandeira contra a discriminação? Quem iria defender o direito dessa maioria? Possivelmente ninguém. Por isso, preste atenção! Estabelecer quotas é uma forma de proteger quando a minoria efetivamente está sofrendo segregação e está sendo de alguma maneira massacrada. Porém, quando essa minoria tem direitos garantidos, estabelecer quotas é apenas acirrar e não harmonizar as diferenças de relacionamento.