Passando a bola
Uma das piores situações que se pode ver dentro de uma organização é quando uma pessoa tenta justificar um erro que cometeu, apontando os erros que os outros também cometeram, mais ou menos assim: é aquela típica reunião em que o debate está focado em descobrir porque um determinado cliente deixou de fazer negócios com a empresa, até que finalmente descobre-se que um dos profissionais daquela reunião tratou mal o cliente e esse profissional em vez de assumir a sua parcela de culpa e se resignar a receber o feedback, passa a mostrar para todos os erros que eles também cometeram com outros clientes, mais ou menos no estilo eu justifico meu erro pelo erro que você também cometeu.
Não seja medíocre
Isso é deprimente porque quando uma pessoa acha que pode compensar os próprios erros tentando equipará-los com os erros que os outros cometeram, ele está tendo o pior dos comportamentos, que é o comportamento de nivelar pela mediocridade. É achar que se obtém uma espécie de salvo conduto que permite errar até que todos finalmente tenham praticado o mesmo volume de erros. É tentar justificar a própria incompetência pela comparação com outros que fizeram coisas piores. É agir e pensar no estilo: eu não sou tão ruim quando comparado a coisas piores. Geralmente no mundo corporativo se dá bem quem faz o contrário, quem se compara com os melhores, mesmo quando acerta.
Estar aberto
É o caso daquela pessoa que mesmo tendo feito tudo certo, olha para aquela pessoa que acertou mais e diz falta pouco para eu chegar lá, eu ainda tenho que melhorar. Tudo isso para sintetizar ao leitor da coluna Visão Empresarial dizendo o seguinte: quem tem humildade cresce e quem tem arrogância ensurdece, ou seja, quem quer crescer tem de estar sempre aberto a ouvir mais sobre o seu próprio desempenho, enquanto que aquele que se cega e se ensurdece, que se fecha na sua própria verdade, tem uma tendência única de mais cedo ou mais tarde ter um único companheiro: o insucesso.