Reciprocidade
Para algumas pessoas a forra é tão importante quanto o sofrimento. Em bom português, significa o seguinte, quando você trabalha numa equipe e o seu chefe maltrata os funcionários (e, portanto, você também), passa a ser uma questão de honra e uma questão de justiça, ao olhar de quem está sofrendo, que esse chefe sofra, no mínimo, igualmente ao que as pessoas sofreram, e se sofrer mais ainda, melhor para todo mundo.
Vingança
Isso é o que a gente chama de senso de justiça, porém, existe um pequeno problema nesse raciocínio: a pessoa só reconhece que houve justiça se o chefe sofrer, e esse sofrimento for perceptível. Significa que se o chefe for punido pela vida, mas esse sofrimento, essa punição, não for perceptível por quem deseja que o chefe pague, parece que não houve nada. E por que isso é importante? Por um motivo simples: quando um profissional passa a condicionar o seu comportamento e até mesmo a sua motivação para ir para a empresa para tentar testemunhar, tentar ver o dia que a sua chefia, sempre arrogante, sempre grosseira, sempre mal educada, vai ser punida; esse profissional acaba desviando por completo o seu foco do que realmente importa, que é o próprio desempenho.
Equívoco
Por isso a recomendação de hoje é extremamente simples, direta e objetiva para quem se importa se o chefe será punido ou não por tudo de ruim que ele faz para a equipe e também para você: quem se preocupa com o desempenho e as consequências desse desempenho para a vida dos outros, nem sempre acaba medindo com exatidão, com precisão, com clareza, os erros que ele está cometendo, por isso nunca esqueça, em vez de ficar se preocupando se o seu chefe será punido ou não, apenas se preocupe com duas questões, se você continua dando o melhor de si independentemente da chefia ruim que tem. E, segundo, que você não tenha motivos para se arrepender amanhã de uma atitude negativa do estilo fazer justiça com as próprias mãos. Siga o seu caminho, deixe que o seu chefe grosseiro e mal educado siga o dele, e pronto. Simples assim.