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Reforma trabalhista: mais horas extras e menos emprego?

Ângulo

Como eu já disse aqui na coluna Visão Empresarial, dependendo do ângulo que você analisa a reforma trabalhista sua posição será de total contrariedade ou de total aprovação. Eu explico isso para justificar porque algumas pessoas estão entendendo, na minha visão, de maneira equivocada, que a flexibilização na jornada de horas extras poderá provocar desempregos. Em primeiro lugar vale lembrar que as organizações, principalmente em momentos como agora, momentos de crise, sofrem com as variações de demanda, com as variações dos pedidos de clientes.

Gargalo

Imagine, por exemplo, uma indústria que tem determinada força de trabalho, um numero especifico de funcionários e de repente aparece um grande negócio e durante apenas alguns dias, em algumas áreas da empresa vai haver o que chamamos de gargalo, aquele momento que as pessoas não conseguem dar vazão ao fluxo normal da demanda do seu trabalho. Nessas horas, de qualquer maneira não haveria contratação, ao contrário, poderia até mesmo haver uma perda de negócios por parte da empresa por não poder estabelecer um regime diferenciado de horas extras.

Isenção

Agora, pela reforma trabalhista, desde que devidamente negociado pelos patrões e empregados, poderá sim haver a manutenção do emprego e ao mesmo tempo, na medida em que as coisas melhorarem, a própria empresa incentivada pelo custo adicional que é a hora extra, perceberá que está na hora de contratar mais funcionários quando isso for realmente necessário e principalmente quando isso for possível. Por isso, meu amigo, quando você for analisar a reforma trabalhista em curso no Brasil tenha a humildade para analisar com a maior isenção possível cada lado da moeda sob pena de esquecer o que é justiça e procurar fazer apenas a defesa de um dos lados na questão.

 

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