O Conselho Municipal do Transporte (CMT) se reuniu na terça-feira (21) para dar um parecer técnico acerca de um possível reajuste na tarifa de transporte coletivo em Ponta Grossa. Após quatro horas de debate, o valor de R$ 3,70 – um acréscimo em R$ 0,50 no preço atual da passagem – foi a sugestão apresentada pelo CMT, tendo por base informações sobre redução no número de passageiros e aumentos concedidos aos funcionários.
Segundo o presidente do CMT, Helmiro Bobeck, a demora da reunião surpreendeu, mas é compreensível. Houve quem sugerisse o valor de R$ 3,60, e até R$ 3,75. Foram aparadas várias arestas, e o pessoal resolveu duplicar a reunião, em lugar de programar um novo encontro para daqui a cinco dias, em meio a um feriado prolongado de Carnaval. Houve conselheiro que sugeriu que esperássemos mais tempo, em virtude do andamento da CPI que pediu que não haja reajuste por enquanto. Mas a análise do Conselho é puramente técnica, então não houve necessidade de adiamento, diz Bobeck.
Ele se refere à CPI do Transporte instalada nesta semana, que encaminhou documento ao prefeito Marcelo Rangel e aos conselheiros, pedindo que não seja efetivado nenhum reajuste, até que os trabalhos da CPI estejam concluídos, em maio.
A Prefeitura de Ponta Grossa ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido da CPI do Transporte de não fazer o reajuste por 90 dias. O prefeito também não tem um prazo para publicação do decreto para reajuste.
Por que R$ 3,70?
CMT considerou três principais fatores:
– Redução de passageiros: Os documentos encaminhados pela Viação Campos Gerais (VCG) apontaram uma redução mensal média de 58.697 passageiros em todo o sistema.
– Aumento para funcionários: São 1,2 mil funcionários. O vale-mercado era de R$ 230 e passou para R$ 500. Funcionários também tiveram mais R$ 60 de assistência médica.
– Quilometragem percorrida: A empresa afirma que, de 2015 para 2016, houve aumento em seu itinerário devido ao surgimento de novos núcleos habitacionais.