em

Impasse: comida de rua em PG ainda segue sem regulamentação

Um impasse na regulamentação de comidas de rua em Ponta Grossa se arrasta já há alguns anos e tem prejudicado empresários do setor e órgãos responsáveis pela fiscalização tanto dos alimentos quanto da higienização dos food trucks (caminhões de comida) e demais carrinhos de lanches.

Paralela à falta de uma lei que regulamente este tipo de serviço, cada vez mais surgem opções de comidas de rua na cidade. Os food trucks, por exemplo, são considerados um novo conceito de alimentação de rua e têm se popularizado no Brasil.

Com uma opção diferenciada de alimentação, aliada a um toque gourmet, diversas cidades do país abriram espaço para esses empreendimentos e em Ponta Grossa  não é diferente. Um levantamento preliminar da Vigilância Sanitária Municipal apontou que existem cerca de 600 ambulantes na cidade que vão desde os food trucks até pequenos carrinhos de lanches.

De acordo com Ângela Pauli, médica veterinária coordenadora de alimentos da Vigilância Sanitária, todos os ambulantes da cidade encontram-se irregulares por conta da falta de regulamentação. O número pode ainda maior se levar em conta o resultado de um levantamento que a Vigilância está realizando juntamente com o departamento de Urbanismo da Prefeitura.

O diagnóstico, segundo a profissional, acontece em todos os trailers da cidade, para avaliação das condições higiênico-sanitárias e orientações de boas práticas na produção de alimentos. O órgão também realiza fiscalizações em locais mediante denúncias.

“Todos os ambulantes presentes na cidade não atendem a legislação sanitária vigente, o que torna uma fiscalização difícil, pois até mesmo quando é feita uma interdição há chance da pessoa realizar a atividade em outro ponto da cidade, sem que possamos identificá-la novamente. Desta forma, as ações com ambulantes têm acontecido, principalmente sob forma de apreensão de mercadorias fora dos padrões de qualidade e sem as boas práticas de manipulação”, ressalta.

Riscos

Ângela comenta ainda que o órgão não tem como rastrear os alimentos, seguros ou não, que estão sendo servidos para a população. “Os carrinhos de lanches do comércio informal são vistos pela vigilância com muita cautela, pois não há um cadastro e uma forma de entrar em contato com estas pessoas”, alega.

“Não existe uma maneira de rastrear os alimentos caso aconteça algum problema. Isso é extremamente preocupante em termos de garantia da qualidade do produto e segurança alimentar”, conclui.

Fábio Matavelli
Vigilância fiscaliza mercadorias fora dos padrões de qualidade

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.