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Risco de doenças cardiovasculares aumenta no inverno

No inverno é preciso redobrar os cuidados com as doenças cardiovasculares – aquelas que afetam o coração e os vasos sanguíneos. O alerta é da Secretaria Estadual da Saúde e de especialistas, que afirmam que com a queda das temperaturas essas doenças tendem a aparecer mais, seja por fatores comportamentais ou fisiológicos.

 

Rodrigo Covolan
Prática regular de exercício físico ajuda a prevenir problemas

Dentre as doenças que se encaixam nesta classificação, as principais – e que causam mais mortes – são o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), que também é conhecido como derrame, enfermidades que possuem níveis muito elevados de mortalidade.

Existem dois fatores principais que causam o aumento de doenças cardiovasculares no inverno. O primeiro deles é fisiológico. “A temperatura fria provoca uma vasocontrição, ou seja, um estreitamento das artérias do coração, o que dificulta a passagem sanguínea. Assim, caso a pessoa tenha uma placa ou entupimento das artérias, o fluxo sanguíneo fica comprometido, o que pode levar a um infarto”, comenta o cardiologista Raphael Fernades Ribeiro Fraiz.

Além disso, durante o inverno, há uma mudança de hábitos. “Devido ao frio, muitas pessoas deixam de realizar atividade física, ou diminuem a intensidade. Além disso, diminuem a ingestão de líquidos e aumentam a ingestão de alimentos calóricos, principalmente à noite. E, uma alimentação pesada neste horário – para quem já possui problemas cardíacos –  pode provocar dores no peito, angina (dor no peito causada pelo enfraquecimento dos músculos do coração) e até levar a infarto”, reforça.

Doenças respiratórias

Conforme o cardiologista, é preciso também ficar atento às doenças respiratórias. “Isso porque, em pessoas que possuem doenças cardíacas, uma gripe ou pneumonia pode provocar uma descompensação cardíaca e também levar a um infarto”, frisa.

Sintomas

Durante um derrame, por exemplo, a pessoa pode sentir fraqueza e dormência no rosto, braços e pernas, geralmente em apenas um lado do corpo. Também há dificuldade para falar ou compreender o que estão falando e para enxergar. Outros sintomas comuns são a dificuldade para caminhar, perda de equilíbrio e vertigens, além de dor de cabeça e vômito.

A Secretaria da Saúde enfatiza que ao apresentar qualquer um desses sintomas é recomendado que a pessoa ou alguém próximo ligue imediatamente para o Samu (192).

 

Prevenção

A prevenção das doenças cardiovasculares está diretamente associada ao estilo de vida. Confira algumas dicas:

Idosos devem tomar a vacina contra a gripe e pneumonia

Ter alimentação saudável e regular, além de ingerir bastante água

Evitar fritura, alimentos gordurosos e com excesso de sal

Praticar exercícios físicos regularmente

Não fumar e não abusar do álcool

Acompanhamento médico: pessoas com problemas cardiovasculares devem ter acompanhamento médico entre duas e três vezes ao ano; pessoas que não apresentam problemas, mas possuem histórico familiar deste tipo de doença devem procurar o médico uma vez ao ano, independente da idade.

 

Índices

Em 2016 – 17,5 milhões de pessoas morreram vítimas de derrames e infartos no planeta.

Paraná – nos últimos sete anos foram 64.397 mortes relacionadas a estas enfermidades. Entre maio e agosto houve aumento de 25% dos registros de casos de AVC e 22% dos casos de infarto.

Fonte: Organização Mundial da Saúde

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