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Saúde capacita profissionais contra epidemia de sífilis

No final de 2016 o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil vem sofrendo uma epidemia de sífilis. Diante disso, profissionais da saúde de todo o país estão sendo mobilizados para tentar reduzir a avanço da doença. Além disso, o governo a realização dos testes rápidos para diagnosticar a doença.

Em Ponta Grossa, os números registrados da doença também vem aumentando e, diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Atenção Primária, está realizando uma Oficina sobre Sífilis. Os encontros iniciaram nesta segunda-feira (11) e seguem até quinta-feira )13), durante todo o dia, na sede da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Quase 800 profissionais participam, entre médicos, enfermeiros, dentistas, agentes comunitários de saúde, além de técnicos e auxiliares de enfermagem.  A oficina é ministrada por profissionais da Secretaria de Saúde e aborda assuntos como diagnóstico da doença, notificações, a sífilis na odontologia, tratamento, entre outros.

 

Divulgação
No total, cerca de 800 profissionais terão treinamento

 

Para a enfermeira Maria Raquel Istschuk, que trabalha em unidade de saúde do bairro Santa Mônica, encontros como estes são bastante produtivos. “O ponto positivo é que o treinamento abrange toda a equipe que atua nas unidades de saúde e isso é fundamental para que os profissionais atuem em consonância e a gente tenha sucesso no combate à doença”, aponta.

Aumento dos casos

Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Caroliny Stocco – todos os tipos de sífilis – adulto (adquirida), em gestantes e congênitas (em bebês) são de notificação obrigatória no país. Em Ponta Grossa, desde 2007 até agora, já são mais de mil casos da doença registrados. “Parte deste aumento acontece devido ao aumento da realização de testes para diagnosticar a doença. Mas, nos últimos dois, três anos registramos um crescimento alarmante de notificações”, alerta.

No caso da sífilis congênita, Caroliny explica que a maioria se concentra em mães jovens e com baixa escolaridade. “E, metade dos bebês acaba perdendo a vida devido à má-formação – em aborto no início da gestação, ou nascendo já morto”, explica.

Diagnóstico é rápido e gratuito

De acordo com o coordenador do programa Infecções Sexualmente Transmissíveis /Aids (IST/Aids) do Município, Jean Zuber, a transmissão da doença acontece principalmente por via sexual – e de mãe para o filho, durante a gravidez. “E, o uso de preservativo durante as relações sexuais é a única forma de prevenção “, diz.

Lesões nem sempre doloridas nos órgãos genitais são o primeiro sintoma da sífilis. Estas lesões podem permanecer por semanas e depois desaparecer, e a doença entra em período de latência, vindo a se manifestar décadas depois, podendo provocar lesões cardiovasculares. E, quando isso acontece, a doença normalmente é letal.

O diagnóstico é feito através da realização de teste rápido disponível nas 53 unidades de Saúde de Ponta Grossa, e o tratamento é disponibilizado pelo SUS. “A doença tem cura, mas ao longo da vida a pessoa pode ser reinfectada.

 

DADOS DA DOENÇA EM PONTA GROSSA

Sífilis em gestantes

De 2007 até 2017 – 300 casos notificados

 

Sífilis congênita

De 2007 a 2016 – 33 casos notificados

-Somente em 2015 foram 7 casos

 

Sífilis adquirida

De 2010 até 2017 – 735 casos notificados

-Em 2017 já são 50 casos

*Fonte: Vigilância Epidemiológica

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