Representantes do Núcleo dos Sindicatos Rurais dos Campos Gerais estiveram, nessa quarta-feira (27), na Câmara Municipal de Castro, para instigar o debate acerca do Projeto da Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. Para o presidente do Núcleo e agricultor, Gustavo Ribas, o assunto tem sido apresentado sem um amplo debate.
Consideramos inadequado um projeto elaborado em 1992, com base em um mapa de 1972. Além disso, estão dizendo que as áreas preservadas serão excluídas, mas não mencionam que foram incluídas no Projeto o Aterro Municipal de Ponta Grossa e o de Jaguariaíva, por exemplo, em situações que mostram que não há base técnica para o projeto, opina.
Para Ribas, manter a atual área de preservação estabelecida pela criação da APA cria sérios problemas e insegurança jurídica ao setor produtivo. Áreas que recebiam financiamento há muito tempo, agora não recebem o aporte porque a Escarpa Devoniana cria restrições desnecessárias e subjetivas, que inclui a prática de agricultura mecanizada e de altas quantidades de agrotóxicos.
Ambientalistas
De outro lado, ambientalistas, artistas e várias instituições que fazem parte do Movimento em Defesa da APA fazem o lançamento do Comitê Pró-Escarpa em Ponta Grossa nesta quinta-feira (28). Durante todo o dia serão realizadas atividades para expor à população problemas e consequências que a possível aprovação do Projeto de Lei que pretende reduzir a APA pode causar. A proposta atualmente está sendo analisada na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) sob o número 527/2016 e prevê a redução da APA dos atuais 392 mil hectares para 126 mil hectares. (D.K.)
