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Mercado imobiliário enfrenta crise com conversa e criatividade

 

Peterson Strack
Carlos é administrador e corretor de imóveis e seguros

 

Assim como a indústria e o comércio estão enfrentando dificuldades para se manter competitivos e faturando, o setor de serviços também vem sendo penalizado. Nem mesmo o ramo imobiliário escapou dos efeitos da crise política e econômica, no entanto soluções são buscadas a todo o momento. É com uma boa conversa com os colaboradores, criatividade que a Tavarnaro Imóveis, que completará 42 anos em julho, está enfrentando o período de desaquecimento do mercado.

Com 45 funcionários diretos e 15 corretores de imóveis parceiros, a empresa pretende, quando a economia voltar a crescer, estar fortalecida e pronta para a nova onda de aquecimento dos negócios.

Como sócio-diretor da imobiliária, Carlos Ribas Tavarnaro (34 anos), que trabalha na empresa desde os 14 anos, tendo iniciado como office-boy e passado por diversos setores para adquirir experiência de trabalho, acredita que o mercado imobiliário foi atingido não só pela recessão econômica, mas pela acomodação natural, após anos de euforia. Confira.

DIÁRIO – A empresa vem enfrentando dificuldades em função da crise econômica? Como está driblando esta situação?

CARLOS – Como a grande maioria dos segmentos, estamos passando um momento que requer muita atenção. O mercado imobiliário passou por anos de euforia, e agora, além da acomodação natural, a recessão econômica chegou. Mas toda moeda têm dois lados, se por um lado os clientes que dependem de financiamento que andam escassos, os investidores entram em ação, aproveitando as oportunidades que esse período proporciona, o que acaba equilibrando os negócios. Mesmo assim, apesar da nossa região estar sendo menos afetada que outras do Estado, é inegável que o faturamento das empresas do ramo diminuiu sensivelmente. Desde que esse desaquecimento se anunciou temos reforçado nossa política de diminuição de custos e despesas e estamos olhando mais para dentro da empresa, repensando nosso posicionamento de marca, reavaliando todos os processos das áreas administrativas e incrementando as estratégias de fechamento de negócios, com soluções caseiras, criativas, e muita conversa com a equipe.

DIÁRIO – Quais os planos da empresa para este e próximos anos?

CARLOS – Manteremos o foco na melhoria contínua dos nossos processos e no aumento da conversão dos negócios, com os pés no chão, sem planos mirabolantes ou altos investimentos. Esses 42 anos de atividade nos presenteiam com uma qualificadíssima carteira de clientes que, bem cuidada, contribui automaticamente para o crescimento orgânico da empresa. Quando a economia voltar a crescer, pretendemos estar muito fortalecidos e prontos para a nova onda.

DIÁRIO – O município é um bom lugar para a empresa crescer? O que o município pode oferecer para ajudar a empresa?

CARLOS – Sem dúvida Ponta Grossa está melhor posicionada economicamente que outras cidades do mesmo porte, em função principalmente do agronegócio e da industrialização. Esses pilares nos trazem tranquilidade para pensar no futuro, tão logo essa crise moral/político/econômica passe. Na minha opinião, o município tardou em cuidar do Plano Diretor da cidade, que agora engatinha. Essa é a melhor ferramenta para garantir o crescimento na qualidade de vida dos moradores, e, consequentemente a valorização imobiliária do mercado local, mas tem que ser tratada com responsabilidade e competência, pensando 50 anos para frente, e não somente nas próximas eleições.

DIÁRIO – A empresa tem algum prêmio de reconhecimento?

CARLOS – Recebemos vários prêmios locais estilo Top of Mind e alguns de campanhas de vendas, no Paraná e Santa Catarina.

DIÁRIO – A empresa investe em qualificação profissional?

CARLOS – Essa é uma área da qual não descuidamos. Mensalmente oferecemos cursos técnicos gratuitos com os mais diversos temas, além de outras ações voltadas aos funcionários e parceiros. Considero o melhor investimento a ser feito nessa época de desaquecimento econômico, no entanto, na outra ponta deve haver um profissional engajado e preocupado com seu futuro, caso contrário o tempo e o dinheiro são jogados fora.

DIÁRIO – Como é viver em Ponta Grossa?

CARLOS – Gosto muito de viver em PG, considero uma cidade tranquila, segura e com muitas oportunidades. Erra quem diz que a cidade é parada ou travada, e o pior é que muitas vezes isso vem de pessoas que se fizeram profissional ou comercialmente aqui. Naturalmente que temos nossa característica cultural, de ser uma cidade de poupadores, muito seguros e desconfiados, mas abraçamos e damos oportunidades a todos que chegam. Sempre comento aos amigos que moram em cidades maiores que considero impagável a possibilidade de almoçar todos os dias em casa e levar os filhos ao colégio. Não nos falta nada, as opções de cultura e lazer têm crescido, nosso shopping está maduro, e a população está aprendendo a prestigiar o que é daqui, mas ainda sentimos falta de parques e outros locais de convivência que possam reunir mais a população.

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