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Integrantes da Cáritas do Sul do Brasil debatem FRACKING

Entidade membro da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida – a Cáritas Paraná está levando a discussão sobre os riscos e perigos do fraturamento hidráulico para os encontros internos do colegiado.

Durante o InterSul, evento que reuniu em Curitiba representantes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com membros da Cáritas Brasileira, foram debatidas as ações e estratégias para conter as mudanças climáticas e a sua incidência sobre a agricultura familiar e a economia popular e solidária. Com a participação de João Paulo Couto e Alessandra Miranda da colegiada Brasileira, o grupo esteve reunido para discutir as Mudanças Climáticas e Gestão de Risco, Migrantes e Refugiados, Segurança Alimentar e Nutricional.

“De forma transversal, o Fracking entra como uma ameaça real em função dos impactos devastadores e contaminantes para as reservas de água, para a produção de alimentos e saúde das famílias”, afirmou Reginaldo Urbano Argentino, presidente da Cáritas Paraná e campaigner da 350.org Brasil e América Latina, movimento climático que coordena a COESUS.

Reginaldo destacou a importância da mobilização da Cáritas no Sul e todo Brasil na luta contra o Fracking e necessidade de bani-lo, seguindo o exemplo de outros países.

“Ajudar a erradicar tudo o que tenta contra a Vida existente em nosso planeta, a nossa Casa Comum como define a ‘Laudato Si’, é o caminho para construir uma verdadeira sociedade igualitária e democrática e um mundo Sustentável”, completou.

Também participaram na assessoria do evento o Pastor Werner Fuchs, um dos coordenadores Rede Evangélica Paranaense de Ação Social (Repas), Francisco Aquino – Professor do Departamento de Geologia da UFRGS, especialista em Mudanças Climáticas, e Elizete Sant’anna de Oliveira em Migração. Os três também estão engajados na luta para impedir que o fraturamento hidráulico aconteça do Brasil.

Para o coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org e fundador da COESUS, Juliano Bueno de Araujo, “a campanha organizada por dezenas de organizações defende o direito de viver sem o shale gas, sem o gás de xisto, sem o gás da morte, sem o gás não convencional, sem está técnica exploratória conhecida como FRACKING”.

Fracking intensifica as mudanças climáticas

FRACKING é a tecnologia utilizada para a extração do gás de xisto. Milhões de litros de água são injetados no subsolo a altíssima pressão misturados com areia e um coquetel de mais de 720 substâncias químicas, muitas delas cancerígenas e radioativas. Parte dos resíduos permanece no subsolo contaminando os aquíferos. O que retorna à superfície contamina os rios e nascentes, o solo e o ar, além de provocar câncer nas pessoas e animais.

Onde o fraturamento hidráulico ocorre não há água para consumo humano, o solo torna-se infértil para a agricultura e são registrados severos problemas de saúde, como má formação congênita, esterilidade nas mulheres e homens, abortos e doenças crônicas respiratórias.

A tecnologia também está associada a terremotos pelas fortíssimas explosões na rocha do folhelho pirobetuminoso de xisto e ao agravamento do aquecimento global pela emissão do metano.

Por seus impactos severos e irreversíveis para o ambiente, produção de alimentos e saúde o fraturamento hidráulico já foi proibido em dezenas de países e deixa um legado de devastação e destruição onde é utilizado.

Divulgação

 

 

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