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Velocidade na terra “vale pela adrenalina”

As competições de arrancadas e velocidade na terra são caracterizadas justamente pelo fato de que não se ganha dinheiro com elas e os pilotos buscam essa atividade por puro prazer e adrenalina. A inscrição é aberta, desde que para federados e vale o ditado que serve como lema na modalidade: “quem pode mais, chora menos”. Mas, é necessário se adequar às regras para unificar as categorias. O restante fica por conta da preparação, obstinação e perícia dos pilotos e mecânicos.

Um desses pilotos é Julio Cesar França Bueno, de 32 anos, conhecido como Julinho.  Incentivado pelo pai, começou com 9 anos no kart. Aos 16 anos foi obrigado a parar quando acabou a pista em Vila Velha. “Sem o kartódromo, o jeito foi começar na terra, no Arrancadão. Tomei gosto e parti para as provas de velocidade na terra,  no Autódromo Andre de Geus”, conta Julinho. De lá para cá foram muitas corridas e troféus. Hoje ele pilota um fusca com motor 1.600 ap, adaptado para a terra e lidera o circuito Paranaense, Metropolitano e Ponta-Grossense. Tudo isso sem nenhuma recompensa financeira, muito pelo contrário. “Tirando uma coisinha ali e aqui, quando dá tudo certo, em média gasto algo em torno de dois mil reais por corrida, incluindo mecânico, peças, combustível e despesas extras”, calcula o piloto, que ganha a vida como empresário no ramo moveleiro. Contudo, ele não reclama e afirma que vale a pena. “Faço tudo por prazer e diversão. Tem o gasto, mas compensa pela emoção e vou passar isso para os meus filhos”, disse o piloto. Normalmente há uma ou duas corridas por mês, entre Ponta Grossa, Telêmaco Borba e São José dos Pinhais. Esse ano foram quatro etapas do Paranaense em Ponta Grossa. A última está prevista para os dias 24 e 25 de outubro, no Autódromo Andre De Geus.

Motor

O preparador de carros Nilto Meller Junior, de 40 anos, conhecido como Bird, está no ramo a mais de 20 anos. Começou pilotando e hoje optou pela parte mecânica. “Para fazer um carro de velocidade na terra o gasto gira em torno de 30 mil reais. O combustível é metanol e hidrometano, pneus e tudo pode acontecer. Os carros podem atingir 180 km/h”, explica Bird. Cada evento é uma festa para o público que gosta da modalidade e normalmente reúne cerca de trezentas pessoas no Andre De Geus. (F.R.)

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