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Artistas de rua: a vida de quem decidiu viver pela arte

A rotina corrida dos pontagrossensses quase sempre impede que os pequenos detalhes do dia-a-dia sejam notados. Em meio ao vai e vem de carros e pessoas, a cidade insiste em exalar arte. Isto pelo esforço diário de artistas que se dedicam a propagar arte e cultura de maneira tímida, mas que conseguem atrair os olhares dos mais atentos.

Alguns são artistas locais, outros vêm de diversos cantos do Brasil e do mundo, como Henrique Souza (31), natural de Porto Alegre – RS, Gabriele Machado (21), de Chapecó – SC, Yan Flávio (18) de São Roque – SP e Karen Flores (18), argentina de Buenos Aires. Eles decidiram levar a arte até as pessoas através de malabares e costumam dar seu show na esquina da Avenida Vicente Machado com a Rua Coronel Dulcídio, no centro de Ponta Grossa.

 

João Filho
Henrique Souza (31), natural de Porto Alegre – RS

 

O início da caminhada com a arte foi diferente para cada um deles. Henrique conta que encontrou na arte um escape para suas emoções após um desentendimento na família. “A maioria dos pais criam os filhos para ter e não para ser. Meus pais também eram assim e foi por isso que desisti da faculdade de Engenharia Civil. Após ter duas overdoses, viajei pelo Brasil e em Minas Gerais comecei a trabalhar com arte”, conta.

 

João Filho
Gabriele Machado (21), de Chapecó – SC

 

Em meio a uma destas viagens, Henrique conheceu sua companheira, Gabriele, que decidiu deixar tudo para trás e seguir o caminho artístico também. “Eu comecei comprando o artesanato dele, aí começou a fluir a magia. Faz dois anos que eu decidi sair pelo mundo e viver de arte”, comenta.

Segundo Gabriele, os destinos são escolhidos por intuição e pela vontade de conhecerem um determinado lugar. “A gente vê no mapa quais as cidades gostaríamos de conhecer e seguimos. Além disso, temos alguns destinos pré-definidos. Pelo menos três vezes por ano passamos por Ponta Grossa”, explica.

A cada cidade, eles se organizam de maneira diferente quanto às acomodações. “Aqui em Ponta Grossa nós ficamos na Pensão do Tio Orlando. Ele já fez arte na rua e hoje dá o maior apoio para outros artistas”, conta Henrique.

 

*Reportagem produzida pelos alunos de Jornalismo da Secal: Daniely Neiverth, João Filho e Marina Machado, através de parceria com o DC.

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