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Na infância, brincar é tudo!

No mês das crianças, o Diário dos Campos convida os leitores a refletir sobre a importância do relacionamento entre pais e os filhos, a convivência dos pequenos com outras crianças e como a brincadeira é parte primordial neste processo. “Quando falamos em brincadeiras, não quer dizer que é preciso ter brinquedo envolvido, nem que quantidade de brinquedos é sinônimo de diversão e desenvolvimento”, adianta a pedagoga e coordenadora pedagógica de uma escola de educação infantil de Ponta Grossa, Magdalía Stela Sebastião.

De acordo com Magdalía, a brincadeira é fundamental para bebês e crianças, pois contribui para o seu desenvolvimento integral – que inclui a área social, emocional e cognitiva. “É através da brincadeira que a criança experimenta as frustrações, conhece os valores, vivencia os aprendizados sociais, sensoriais e emocionais que vão ser levados para a vida toda”, reforça a psicoterapeuta Gabrieli Ribeiro.

 

Daniel Calvo
A participação dos pais nas brincadeiras é fundamental para o desenvolvimento das crianças

Qualidade x quantidade de tempo

As profissionais ainda são enfáticas em afirmar que passar muito tempo com as crianças não garante o sucesso da relação estabelecida entre pais e filhos. “Não é a quantidade de tempo que se passa com os filhos que importa. Afinal, não adianta estar o dia todo com o filho se este passa a maior parte do tempo em frente à TV ou o computador. O tempo, mesmo que seja curto, precisa ser de qualidade. É preciso entrar no mundinho das crianças, das brincadeiras, do faz de conta. Enfim, precisamos nos tornar crianças novamente”, aponta Magdalía.

Para Gabrieli, é preciso, no mínimo, ter meia hora do dia dedicada exclusivamente a brincar com os filhos. “É dedicar o tempo a eles, sem celular, sem TV, sem pensar em outras coisas. É o momento de o adulto perceber o comportamento da criança durante a brincadeira ser o sensor e mediar as sensações, como o ganhar e perder, por exemplo”, aponta.

A psicoterapeuta ainda alerta. “Os pais muitas vezes têm caído em uma grande armadilha. Trabalham cada vez mais para poder ter mais recursos financeiros para criar os filhos. Isso faz com que cheguem em casa cansados. Assim, compensam com as ‘babás eletrônicas’, causando um grande prejuízo na interação com os pequenos. Precisamos entender que o ‘ter’ não garante uma vida melhor para os filhos. É preciso estar com eles, compartilhar destes momentos tão importantes”, frisa.

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