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“Serei o presidente da ética e da decência”, afirma Aécio Neves

Na entrevista de primeiro turno, Aécio Neves falou de seus planos para a retomada do crescimento econômico do país e da urgência das reformas tributária e política. Nessa nova conversa, agora voltado para o segundo turno, ele aborda o compromisso com o desenvolvimento regional e com o fortalecimento das vocações regionais: “Um compromisso com o crescimento da economia, com a geração dos empregos de qualidade”.

Que mudanças devem ocorrer em seu discurso, agora, no se­gundo turno?

Aécio Neves – Vamos manter o nosso discurso e a nossa campa­nha. Tenho, desde o início da mi­nha jornada, a verdade como mi­nha maior companheira. Não estou nessa campanha para fazer um go­verno do PSDB ou de aliados, mas o governo das mudanças que o Brasil espera. Não estou nessa para colo­car um retrato na parede, o do meu avô Tancredo Neves já honra muito toda a família. Quero ser o presi­dente que vai dar prioridade à edu­cação, como fiz em Minas, que hoje é o Estado com a melhor educação fundamental do Brasil. O presiden­te que vai aumentar os investimen­tos e melhorar a gestão da saúde. Se eleito, serei o presidente que vai adotar uma Política Nacional de Segurança Pública. Serei o presi­dente do emprego, que vai retomar o crescimento e ter tolerância zero com a inflação. Que vai reestatizar a Petrobras, retirando-a das garras da organização criminosa que a to­mou de assalto – e isso quem diz é a Polícia Federal – e devolvendo-a aos brasileiros. Serei o presidente da ética e da eficiência.

Como conquistar os 22,1 mi­lhões de votos de Marina Silva e os mais de 38 milhões de votos, somados os brancos, nulos e as abstenções?

AN – Continuando a nossa campa­nha da mesma forma, uma cam­panha propositiva, que debata o Brasil e mostre os erros do atual go­verno. E agora, no segundo turno, venho recebendo apoios sucessivos de forças políticas que se somam a nós nessa caminhada. Recebemos o apoio de vários candidatos no primeiro turno, entre eles Marina Silva. Com a chegada de Marina, dos seus valores, da sua história de vida, a minha candidatura não é mais de um partido político ou de uma aliança partidária, como dis­se. É a candidatura que representa o profundo sentimento de mudan­ça que hoje se alastra pela socieda­de brasileira. O que está em jogo é a possibilidade de o Brasil reen­contrar-se com seu próprio futuro. Tive também a oportunidade de receber o apoio de Renata Campos e dos filhos de Eduardo Campos, um gesto muito significativo para mim, que me causou extrema emo­ção. Sou o representante das forças mudancistas.

O que achou do nível da campa­nha no primeiro turno?

AN – Fizemos uma campanha ver­dadeira, propositiva, como faremos até o último dia. A candidata Marina sofreu com ataques do PT, como so­fremos agora, como Eduardo já tinha sofrido. Na verdade, estamos vendo uma candidata desesperada, à beira de um ataque de nervos. O PT tenta difundir o medo junto à população, provavelmente por não ter como ex­plicar o pífio desempenho da nossa economia, os problemas na saúde, na educação, os 56 mil homicídios anu­ais no país, e a organização criminosa que tomou conta da Petrobras, como diz a Polícia Federal.

Na primeira etapa das eleições gerais de 2014, sua adversária, Dilma Rousseff, chegou a cair nas pesquisas, mas se recupe­rou. Isso preocupa?

AN – No primeiro turno das eleições, venceu o voto pela mudança, mesmo com o PT fazendo a campanha mais suja da nossa história. Para cada mentira dita por eles, responderemos com dez verdades. E continuaremos debatendo o Brasil, apresentando as nossas propostas. O que está em jogo não é uma eleição. É a chance de fa­zermos um governo transformador. Quero ser presidente da República porque posso fazer um governo em que ética e eficiência andem juntas, que tenha uma Política Nacional de Segurança Pública, fazendo o Brasil voltar a crescer, aumentando os em­pregos de qualidade e combatendo a inflação. Foi assim que fiz com que Minas Gerais, que governei por oito anos, tivesse a melhor educação fun­damental do Brasil e a melhor saúde do Sudeste.

Qual, entre os estados em que sua candidatura foi derrota­da (1º turno), houve maior surpresa ou maior frustra­ção? Por quê?

AN – Ficamos muito felizes com o resultado da eleição no primeiro turno. O que reafirmo é a confian­ça de que temos o melhor projeto para o país, discutido intensamen­te com a sociedade. Ganhamos em muitos estados e acredito que vamos ganhar no Brasil. A pala­vra que mais tenho ouvido nas minhas últimas andanças por aí é libertação, as pessoas querem se ver libertas das amarras de um governo que não respeita a demo­cracia e está levando o Brasil à pior equação econômica das últi­mas décadas. Vemos também uma falta gravíssima de compromisso com aquilo que deveria ser essen­cial, mas para o PT não é: com­promisso com valores, princípios.

Se eleito, qual a sua prioridade para cada uma das regiões?

AN – Como disse, serei o presiden­te da integração nacional, da união dos brasileiros. E temos um com­promisso já destacado com o desen­volvimento regional, com o fortale­cimento das vocações regionais, das potencialidades do Norte, do Nor­deste, do Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul. Um compromisso com o crescimento da economia, com a geração dos empregos de qualidade, o fortalecimento do agronegócio, o aumento dos investimentos, tudo in­serido em uma lógica de desenvolvi­mento sustentável. Mas venho sem­pre dizendo que a educação será a prioridade maior em nosso governo, e isso vale para todas as regiões. Pro­poremos, inclusive, a regionalização dos currículos do ensino médio para que os jovens fiquem mais interessa­dos e vejam correspondência entre o que aprendem e o dia a dia deles.

Divulgação

 

O candidato Aécio Neves tem como propostas prioritárias as reformas política e tributária

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