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Rede estadual tem finalistas na Olimpíada de Língua Portuguesa

Divulgação

Alunos paranaenses estão entre os finalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa. Na foto a aluna Laís Suzana Sary, do Colégio Estadual da Colônia Murici, de São José dos Pinhais

Dez alunos da rede pública estadual de ensino do Paraná estão entre os finalistas da fase regional da 4ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro. Mais de 170 mil textos de 5.014 municípios brasileiros concorreram.

O tema de 2014 é “O lugar onde vivo” e são trabalhados quatro os gêneros: poemas (alunos de 5º e 6º anos); memórias (alunos de 7º e 8º anos); crônica (alunos de 9º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio); e artigo de opinião (alunos de 2º e 3º anos do ensino médio).

A final será em 17 de dezembro, em Brasília, e reunirá 152 finalistas. Serão escolhidos 20 alunos e 20 professores vencedores nacionais, que receberão medalhas de ouro e notebooks. As escolas nas quais estudam os alunos serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, projetor e telão, além de livros para a biblioteca.

Poema

Dois alunos paranaenses foram classificados na fase regional da categoria Poema: Gustavo Meneghetti, do Colégio Estadual Gabriela Mistral, de Curitiba, e Luana Rocetim, do Colégio Estadual Marcos Claudio Schuster, de Cascavel.

O Relato da Prática Pedagógica da professora de Língua Portuguesa Dulcimara Marchi de Gouveia foi escolhido como o melhor relato de Prática da Região Sul. Como premiação, a professora ganhou um netbook e livros. A professora Vanicléia de Oliveira Sousa Rebelo, do Colégio Estadual Dr. Duílio Trevisani Beltrão, de Tamboara, também foi um dos destaques na categoria. Ela foi premiada com o relato de prática pedagógica “Pelos caminhos do aprendizado”.

Artigo de opinião

Outros dois alunos do Estado também ficaram entre os melhores do Brasil na categoria Artigo de Opinião: Dayani Rabello, do Colégio Estadual Dom Pedro I, de Lidianópolis, e Laís Suzana Sary, do Colégio Estadual da Colônia Murici, de São José dos Pinhais.

Para Laís, que participou do concurso pela primeira vez, a classificação foi uma surpresa. A aluna abordou uma questão polêmica na região onde vive – a construção de uma represa em áreas de lavoura.

Segundo o professor Vinícius Moreli Tavares, que há quatro anos trabalha no colégio e orientou o trabalho de Laís, a temática do concurso incentiva a pesquisa. “Para escrever o artigo os alunos tiveram que conhecer mais sobre o lugar onde vivem, o que amplia o conhecimento”.

Vinícius comentou ainda sobre como a Olimpíada contribuiu para o aprimoramento de suas práticas pedagógicas. “As oficinas exigem interação, discussão, itens imprescindíveis para a formação de cidadãos atuantes e conscientes. Contudo, a ostra não produz a pérola se não houver um grão de areia incomodando-a. Este foi o mérito da Olimpíada. Ser o grão de areia que me levou a pensar e repensar sobre o que faço e o significado de ser professor”.

Crônica

Três estudantes irão concorrer à final na categoria Crônica. Vítor Luiz Kohler, do Colégio Estadual Antônio Lacerda Braga, da Lapa, Laura Lorena Pinto Borba, da Escola Estadual Inácio Schelbauer, de Rio Negro, e Fabiana Pereira Ianse, da Escola Estadual José de Anchieta, de Santa Maria do Oeste.

“Chegar até esta fase é maravilhoso para o aluno. Eles aprendem mais estratégias de como produzir um bom texto”, analisou a professora Maria Júlia Mendes, que atua na Escola Estadual José de Anchieta. Ela e outros professores de Língua Portuguesa da escola estão organizando uma coletânea com todas as produções textuais classificadas em uma das fases do concurso, nas quatro categorias.

Memórias literárias

O aluno Otto Reddin, também da Escola Estadual Inácio Schelbauer, de Rio Negro, ficou classificado em Memórias Literárias. Ele e os estudantes Valdirene dos Santos, do Colégio Estadual do Campo José Marti, de Jardim Alegre, e Arthur dos Santos, do Colégio Estadual Dom Pedro I, de Pitanga, são finalistas na categoria e acreditam que o evento incentiva o estudo, promove a interação e a troca de experiências com alunos de outros lugares do Brasil.

Segundo Arthur, a Olimpíada contribui ainda para ampliar o vocabulário e construir textos de diferentes gêneros. O aluno, que relatou a infância de uma senhora moradora da região, já conquistou medalha de prata na categoria Poema na edição anterior e pretende estar dentre os vencedores de2014. Neste ano ele está organizando todos os seus textos em uma coletânea, que pretende publicar no próximo ano.

De acordo com a professora Carla Borba, da Escola Estadual Inácio Schelbauer, os alunos ficam maravilhados com a premiação e percebem a diferença que a educação faz para o futuro deles. “Medalha se guarda na gaveta, experiência não”, afirmou Carla, que apontou como fantástica a sequência didática utilizada na Olimpíada e a integrou a seu planejamento, contemplando as Diretrizes Curriculares Estaduais.

Carla explica que o trabalho começa em fevereiro e conta com o apoio da equipe da Biblioteca escolar e de outros professores. Os alunos recebem uma pasta com todos os textos disponibilizados na Olimpíada e, no final de agosto, é feita uma exposição na escola com as produções dos estudantes classificados. Para incrementar a exposição, na parte destinada a Memórias Literárias, também são expostos objetos antigos e as medalhas e troféus recebidos em edições anteriores do concurso.

Adilson Carlos Batista, técnico-pedagógico da Equipe de Língua Portuguesa do Departamento de Educação Básica na Secretaria da Educação e responsável pela Olimpíada no Estado, falou sobre o caráter formativo da Olimpíada. “O evento é um estímulo à educação. Os alunos que chegaram a esta fase são vencedores”, comentou Adilson, que vê no programa uma oportunidade de fomentar o ensino de língua e transformar os alunos em cidadãos conscientes, leitores da sociedade.

O Programa

A Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro desenvolve ações de formação de professores com o objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras. A iniciativa é desenvolvida pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Neste ano, o programa lançou os Cadernos Virtuais, uma adaptação da Coleção da Olimpíada ao suporte digital, com hipertextos e diversos recursos multimídia (áudios, textos para projeção, vídeos e jogos). O professor inscrito também participa de cursos e recebe a revista “Na Ponta do Lápis”, uma publicação periódica com artigos, entrevistas, textos literários, análise de produção de alunos e relatos de prática docente, além de ser cadastrado automaticamente na Comunidade Virtual da Olimpíada, um espaço para troca de experiências.

Ao todo, são cinco fases para avaliação dos trabalhados enviados: Escolar, Municipal, Estadual, Regional e Nacional. Conheça os selecionados do Paraná que disputarão a fase final. Mais informações no site do concurso: www.escrevendoofuturo.org.br/

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