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Dilma elogia reaproximação entre EUA e Cuba e defende financiamento de porto

(Reuters) – A presidente Dilma Rousseff disse que o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, anunciado nesta quarta-feira, “marca uma mudança na civilização” e elogiou os presidentes dos EUA, Barack Obama, de Cuba, Raúl Castro, e o papa Francisco pela medida.

Dilma aproveitou, ao comentar o anúncio da reaproximação entre os dois países, rompidos há cinco décadas, para defender o financiamento dado pelo seu governo à construção de um porto na ilha comunista.

“Acho que é um momento que marca uma mudança na civilização mostrando que é possível restabelecer relações interrompidas há muitos anos”, disse Dilma durante reunião do Mercosul, realizada na Argentina.

“Eu queria cumprimentar o presidente Raúl Castro, queria cumprimentar o presidente Barack Obama. E, sobretudo, queria cumprimentar o papa Francisco por ter sido, muito possivelmente, um dos fatores mais importantes para essa aproximação”, acrescentou Dilma.

O acordo fechado entre EUA e Cuba com intermediação do papa Francisco prevê o estabelecimento de embaixadas nas capitais dos dois países, além do relaxamento do embargo norte-americano contra a ilha comunista.

Em entrevista a jornalistas após a reunião, Dilma voltou a elogiar a reaproximação entre Washington e Havana e rebateu críticas sofridas durante a campanha eleitoral deste ano sobre o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à construção do porto cubano de Mariel.

“Eu acredito que a possibilidade de relacionamento, o fim do bloqueio, o fato de que Cuba tem hoje condições plenas de conviver na comunidade internacional é algo extremamente relevante para o povo cubano e acredito para toda América Latina”, disse a presidente.

Dilma afirmou que seu governo tem adotado “ações concretas” para a integração de Cuba e saiu em defesa do financiamento dado pelo banco brasileiro de fomento ao porto cubano, alvo de críticas de seus adversários na campanha que a reelegeu para um segundo mandato em outubro.

“E daí algo que foi tão criticado durante a campanha, foi o porto de Mariel, mostra hoje a sua importância para toda a região e para o Brasil, na medida em que hoje o porto de Mariel é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos”, defendeu a presidente.

Arquivo/DC

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