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Ingestão de álcool pode desencadear lesões no fígado e até a morte

Estudos mostram que a grande ingestão de álcool pode desencadear diversas doenças graves nas pessoas. Entre elas estão as hepatites virais B, C e Delta; a cirrose hepática e os tumores do fígado. Doenças que se não tratadas corretamente podem levar o paciente à morte. Segundo a médica Edna Strauss, a quantidade de álcool com potencial de gerar lesão no fígado é variável, dependendo do sexo e da sensibilidade do indivíduo. “Cabe salientar que o alcoolismo é uma doença e não um vício. É fundamental atuar na prevenção para evitar a ocorrência da doença hepática no futuro”, alerta.

Segundo a especialista, em três anos consecutivos de ingestão alcoólica, o indivíduo pode fazer lesão hepática. Após dez anos, há risco de cirrose. “Embora pouco frequente, a hepatite alcoólica grave, com ou sem cirrose, pode levar à morte. Muitas vezes, o transplante hepático pode ser necessário, no entanto, é necessária a abstinência de seis meses para a realização do procedimento, o que requer intervenção médica eficaz no tratamento do alcoolismo”, diz.

Pensando nos problemas que o álcool promove no organismo, José Sidnei Marques de Almeida, 47 anos, resolveu dar um basta na bebida. Ele conta que começou a beber com sete anos quando brincava com um amigo. “O pai desse meu amigo deixava um pouco de bebida nas garrafas e nós bebíamos. Porém, a necessidade de beber foi aumentando na adolescência e na fase adulta”, conta.

José relata que foi casado por 26 anos e tem dois filhos mas, no ano passado, a família decidiu se separar por conta do vício. No mesmo período, ele procurou ajuda no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Álcool e Drogas de Ponta Grossa e está há um ano sem utilizar nenhum tipo de droga. “Tudo o que eu mais quero é uma boa qualidade de vida e voltar a reconquistar a minha família. Hoje me arrependo de não ter passado mais tempo com as pessoas que eu amo”, disse.

Ponta Grossa

Hoje o Caps Álcool e Drogas de Ponta Grossa tem 180 pessoas com transtorno decorrente do uso de álcool, crack e outras drogas. O centro realiza diversos tipos de tratamentos com psicólogos e outros profissionais como atendimentos individuais com medicamentos e orientações; atendimentos em grupos; atendimentos em oficinas terapêuticas; visitas e atendimentos domiciliares; atendimentos às famílias e atividades comunitárias enfocando a integração da pessoa que faz uso de drogas na comunidade e sua inserção familiar e social.

 


José se recupera do vício há um ano e quer reconquistar a família. Foto: Rodrigo Covolan

 

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