em

Brasil lidera ranking global na produção de embriões bovinos

O mercado brasileiro já tem um forte histórico de pioneirismo nas tecnologias empregadas na produção e comercialização dos embriões bovinos. Em 2015, esse número chegou ao topo no ranking mundial utilizando a técnica da Fertilização In Vitro (FIV). O valor surpreende principalmente pelo domínio brasileiro desse mercado, que produzirá mundialmente nesse ano 600 mil embriões até dezembro, 450 mil deles vindos só do Brasil.

A estimativa foi feita pela Selon Biotecnologia, com base nos dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões (SBTE). Os fatores positivos já garantem o otimismo e chamam a atenção dos pecuaristas de todo o país, em especial da região do Mato Grosso do Sul, que são os principais investidores nesse mercado. Tudo isso somado também às crescentes exportações de carne para Europa, Oriente Médio e América do Norte.

O reconhecimento é grande, assim como os investimentos em pesquisa e os profissionais capacitados para atuar nessas funções. É o caso da procura de cursos, encontrados aqui, que cresceu nos últimos anos. O grande destaque da região sul-mato-grossense é o uso dos embriões em vacas Puras de Origem (PO).

Divulgação

Os embriões geralmente são implantados em vacas comuns, o que garante o amplo aproveitamento do material genético em larga escala. Entretanto, os pecuaristas do Mato Grosso do Sul apostam em vacas de origem mais pura, o que traz resultados ainda mais positivos para os criatórios.

A pecuária de corte já é um dos maiores destaques brasileiros. O Brasil já tem 20% de sua área de 8,5 milhões de km² ocupada por pastagens, o que faz dele um imenso destaque global, principalmente pela variabilidade climática. Produz não só diferentes solos, mas tipos diferentes de gado pela variabilidade climática. Tudo isso produz regimes diferentes de chuva e também altera os sistemas de produção pecuária.

O rebanho já chega a 209 milhões de cabeças, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC). A maioria das cabeças é criada em pasto e apenas 3% do rebanho é confinado, fazendo com que as chuvas interfiram diretamente na qualidade e variedade do gado.

Havendo, assim, uma certa dependência dos climas, mas também produzindo uma diversidade de produtos que atende a qualquer mercado em todo o mundo. Vão de animais mais nobres até cortes de menor valor, magras ou com maior teor de gordura.

Uma das grandes apostas, além do uso de tecnologia aplicada à fertilização dos animais, é também a aposta recente no uso do confinamento como uma alternativa a diversos fatores que prejudicam a produção nacional. Trata-se de um ambiente controlado no qual os animais recebem água em abundância, são alimentados exclusivamente com ração, ganhando peso para o abate de maneira muito mais rápida. Tudo isso sem sofrer com a variação do tempo que afeta o pasto.

Tudo isso fica acentuado ainda mais pela disputa da terra entre a agricultura e a pecuária. Segundo dados recentes da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores), o crescimento desse tipo de criação no último ano chegou a 10%. Espera-se saltar ainda para 20% nos 10 anos seguintes, chegando aos padrões internacionais que já utilizam esse método.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.