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Igreja no Santa Paula tem vitrais feitos com 200 mil pecilas

Divulgação
Na igreja, vitrais têm 200 mil pecilas e altar tem relíquia vinda da Holanda


 

Ao mesmo tempo em que se comemora os 485 anos das quatro aparições da Virgem de Guadalupe, no México, a Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, que atende perto de 50 mil pessoas na região do Núcleo Santa Paula, em Ponta Grossa, ganha sua nova igreja matriz. Depois de oito anos, o prédio foi entregue na noite de sexta-feira (9), em cerimônia presidida pelo bispo dom Sergio Arthur Braschi, solenidade que marcou também a dedicação da igreja, a unção do altar e das doze cruzes.

Erguida com recursos da própria comunidade, a igreja tem capacidade para até 800 pessoas, possuindo ricos detalhes, como os vitrais montados com 200 mil pecilas (pedrinhas) em resina, cerâmica, vidro e mármore, e, uma relíquia da Santa Cruz, fragmento trazido em 2004 da Abadia de Santa Adalberto, em Egmond Binnen, na Holanda. O pedaço do madeiro foi retirado da mesma relíquia encontrada por Santa Helena, em Jerusalém, no século IV. O artista plástico Paulo Biscaia, criado na paróquia, é o responsável pelo projeto artístico. Reconhecido internacionalmente, o artista pintou a Igreja São Martinho de Lima, em Curitiba, a de Nossa Senhora Aparecida, em Pinhais, e o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba, a pedido do padre Reginaldo Manzotti .

Monde beneditino por 14 anos e devoto de Nossa Senhora de Guadalupe, Paulo Biscaia tinha o sonho de ver nova igreja pronta e a matriz elevada em honra da Virgem. “Fui me aprimorando, sempre pensando que chegaria a hora de fazer o projeto da minha paróquia. Conheço bem a narração da aparição da Virgem e fui colocando nos painéis de vidro tanto do Santíssimo quanto no da Virgem os detalhes da aparição”, comentou, citando que apenas o vitral da frente levou um mês para ficar pronto. A relíquia da Santa Cruz, encerrado no novo altar, foi trazido por ele da Holanda, onde morou por quatro anos enquanto monge beneditino. Como o Mosteiro da Ressurreição já tinha a relíquia, ele presenteou a mãe, Pedrina Martins, com ela que, agora, a repassou à igreja.

A igreja tem lugar para 520 pessoas sentadas e até 800 em pé. Para o bispo dom Sergio, a inauguração e a dedicação da igreja é momento de alegria. “Esse local se torna sagrado. A dedicação de uma igreja acontece apenas em situações específicas; em catedrais, ou, onde há a identificação da comunidade através da devoção popular, ou ainda pela beleza artística”, explicou. A solenidade foi concelebrada pelos padres Glauco de Camargo Pinto, Jaime Rossa, Osvaldo Pinheiro, Roberval Mulhstedt, Noé Vieira e Sandro Ferreira. E foi acompanhada por cerca de 600 pessoas.

A benção especial contou com Santa Missa, rito da dedicação, que constou com benção da água e aspersão, Hino de Louvor, Oração do Dia, Dedicação da Igreja e Consagração do Altar, Deposição das Relíquias, Prece de Dedicação, Unção do Altar e das paredes, Incensação e Iluminação do Altar e da Igreja, Beijo no Altar e Homenagem à Nossa Senhora de Guadalupe. O padre Glauco, responsável pela paróquia, lembra que foram quase oito anos de obras.

“É a entrega um sonho, resultado do amor e da dedicação de toda a comunidade, que se organizou em festas, promoções e doando seus dons e seu voluntariado. O padre exemplificou citando o manto que cobre a imagem da santa. “Ele foi pintado em 1990, por uma paroquiana, que copiou do original. Eu viajei ao México há um ano e  vi  que  eles são muito parecidos. Fiquei impressionado!”

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