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25 anos da Lei de Inclusão no trabalho

Em 2016, a lei de número 8213/91, que define cotas para deficientes nas empresas completa 25 anos. Nesse período, muito já se evoluiu, apesar de muitas empresas ainda subutilizarem a mão-de-obra que possui alguma deficiência. Outras ainda praticam a integração ao invés da inclusão.

Na integração, a pessoa com deficiência tem que se adaptar a sociedade da forma como ele é. Já na inclusão, tanto a pessoa com deficiência como a sociedade adaptam-se simultaneamente, oferecendo maior sinergia e resultados mais positivos para ambos.

O departamento de recursos humanos tem papel fundamental e deve evitar que as contratações sejam apenas um cumprimento da Lei, deixando o profissional excluído ou sendo tratado com desigualdade. De acordo com Luciana Ferreira de Souza, responsável pelo departamento de Desenvolvimento Humano da Unimed Curitiba, um dos valores da cooperativa é ‘Atenção às Pessoas’. Esse olhar voltado para o lado humano traz consigo a responsabilidade de garantir a todos, sem exceção, a possibilidade de usufruir de seus direitos com equiparação e oportunidades, bem como cumprir um marco legal estabelecido para que a igualdade e a diversidade seja assegurada, afirma.

Ela afirma ainda que as empresas pecam ao colocar pessoas com deficiência em vagas sem perspectiva de crescimento e sem as adaptações necessárias. Pessoas com deficiência podem contribuir muito para o ambiente empresarial como um todo. A Michele, por exemplo, traz muita alegria para nosso setor, modificando todo o ambiente com sua presença, ressalta.

Luciana está se referindo à Michele Hidaka, que tem síndrome de down. Ela trabalha há 13 anos na Unimed Curitiba e adora o que faz. Eu gosto muito de trabalhar aqui e também gosto das pessoas, afirma. Ela é responsável pela ginástica laboral do setor de desenvolvimento humano, pelos uniformes, bem como auxiliar na entrega de documentos e outros trabalhos internos. Seu sonho é comprar um carro e um apartamento.

Para Dr. Alexandre Bley, diretor-presidente da Unimed Curitiba, muitos gestores não enxergam a importância da inclusão e acabam subestimando os profissionais. O talento e outras potencialidades de cada um deles se sobrepõem a qualquer deficiência, além de agregarem muito valor ao trabalho da cooperativa, ressalta.

Um exemplo disso é Jefferson Viesba, analista de TI, que nasceu sem o braço direito. Ele entrou na Unimed Curitiba há dois anos como auxiliar administrativo, mas rapidamente começou a crescer. Seu gestor percebeu a dedicação do funcionário e decidiu investir nele. Viesba fez um curso profissionalizante, começou a trabalhar na área de TI e hoje cursa o segundo ano de faculdade. Para mim, tem sido um período muito bom. Quero continuar crescendo sempre. Me sinto muito valorizado aqui e quero continuar por muito tempo, destaca sorridente.

Frase:

O Valor final da vida depende mais da consciência e do poder de contemplação, que da mera sobrevivência. (Aristóteles)

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