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Dez séries de 2017 para assistir em 2018

Mais de 500 séries foram exibidas em 2017 na TV norte-americana, um recorde histórico. Pelo menos dez produções merecem a sua atenção neste começo de 2018. Entre elas estão The Deuce, sobre o surgimento da indústria pornográfica nos 1970, e a comédia The Marvelous Mrs. Maisel, da Amazon, que traz um feminismo dos tempos da vovó: a protagonista é uma mulher separada, nos anos 1950, que trabalha em magazine de dia e à noite conta piadas em um bar sujo. Confira a lista!

 

American Gods

Um conflito entre deuses antigos e modernos é suficiente para atrair público para a TV. Inspirada no livro homônimo de Neil Gaiman, lançado em 1990, American Gods (Amazon) deixou os fãs de séries fascinados e confusos ao mesmo tempo. Se por um lado tateavam em busca de um guia para entender melhor a trama, por outro ficaram encantados com os personagens excêntricos, do deus nórdico Odin (Ian McShane) ao deus da tecnologia, o Technical Boy (Bruce Langley). No meio disso tudo, a cena de sexo gay mais explícita não-pornô já mostrada na TV.

Glow

Mulheres com roupas de lycra se unem para lançar uma liga de luta livre, vivem em um motel e são dirigidas por um machista usuário de cocaína. A fórmula inusitada de Glow (Netflix) vingou, e muitos ficaram surpresos ao descobrir que essa história foi inspirada em fatos reais. Entre tantos personagens cativantes, destaca-se Debbie Eagan (Betty Gilpin), ex-atriz que virou dona de casa, mas larga os afazeres domésticos para encarnar a heroína do grupo, a patriota Liberty Belle.

Room 104

Série mais delirante do ano, Room 104 (HBO) é imbatível na imprevisibilidade. E como cada episódio conta uma história diferente, é fácil de acompanhar e não há necessidade de ser fiel à sequência de episódios. O drama tem bons atores escalados, como Veronica Falcón (A Rainha do Sul), James Van Der Beek (Dawson's Creek) e Orlando Jones (Sleepy Hollow). As histórias malucas vão de um filho que discute com a mãe por telefone à babá que cuida de uma criança macabra.

Mindhunter

Uma das gratas surpresas do ano, Mindhunter (Netflix) trouxe uma complexidade pouco vista em outras séries policiais. O drama mergulha na mente de serial killers norte-americanos em meados dos anos 1970, época na qual o FBI (a polícia federal do país) ainda engatinhava na coleta de dados e análise comportamental desse tipo de criminoso. Outra peculiaridade da trama é a inspiração em casos reais _há citação a criminosos notórios, de Charles Manson a David Berkowitz.

Snowfall

Das atuais séries ambientadas nos anos 1980, Snowfall (Fox Premium 2) é a que melhor explora o lado cruel das ruas. Assinada pelo experiente cineasta John Singleton (Os Donos da Rua), o drama retrata o surgimento do crack na periferia de Los Angeles. O consumo da nova droga pela população mais carente gerou uma onda de violência policial e iniciou a guerra entre gangues. São dois os pontos de vista contados na história: o dos traficantes e o da polícia.

The Deuce

O poder da nova série da HBO, The Deuce, é tão grande que reimpulsionou a carreira de James Franco, indicado ao Oscar em 2011 pelo filme 127 Horas. Ele interpreta dois personagens, os gêmeos Vincent e Frankie Martino. A história sobre os primeiros passos da indústria pornográfica na Nova York dos anos 1970 coloca a atriz Maggie Gyllenhaal, intérprete de uma prostituta com o sonho de virar uma magnata do cinema erótico, como uma das favoritas ao Globo de Ouro.

The Good Fight

Continuação da bem-sucedida The Good Wife (2009-2016), o drama The Good Fight (Amazon) é uma atualização melhorada da série-mãe. A novata é protagonizada pela advogada Diane Lockhart (Christine Baranski) e inclui um componente de tensão racial e política na era Trump, com uma firma liderada por negros, situada em Chicago, adepta de uma ideologia mais à esquerda. Fora isso, Good Fight aproveita personagens de Good Wife favoritos do público, como a inquieta Marissa Gold (Sarah Steele) e a advogada Lucca Quinn (Cush Jumbo).

The Handmaid's Tale

A série do ano, em apreço do público, exaltação da crítica e desempenho em premiações, é The Handmaid's Tale (que estreia no Brasil em 2018 no Paramount Channel). Vencedora do Emmy, o drama distópico mostra os Estados Unidos sob uma ditadura fundamentalista cristã, na qual as mulheres férteis servem apenas para procriar para famílias ricas. As atuações das atrizes chamam a atenção pela alta qualidade: Elisabeth Moss (Mad Men), Alexis Bledel (Gilmore Girls), Ann Dowd (The Leftovers) e Samira Wiley (Orange Is the New Black) foram todas indicadas ao Emmy de 2017.

The Marvelous Mrs. Maisel

A Amazon apresentou no finalzinho de 2017 uma comédia divertidíssima, que vem pegando em cheio os amantes de tramas de época. Criada por Amy Sherman-Palladino (Gilmore Girls), The Marvelous Mrs. Maisel é um achado. Conta a história da dondoca Miriam Maisel (Rachel Brosnahan), conhecida como Midge, que se vê inserida no mundo da comédia stand-up na Nova York do final dos anos 1950. As referências de seis décadas atrás são curiosas e não faltam piadas sobre aspectos triviais daquele tempo, como usar um telefone com discador rotativo e ter somente uma televisão em casa, fatos que são completamente distantes do mundo atual.

Young Sheldon

A rede norte-americana CBS criou uma máquina de dinheiro ao desenvolver Young Sheldon (CBS), série derivada de The Big Bang Theory, maior audiência da TV norte-americana. Sagaz e com apelo, a trama sobre a infância de Sheldon é a novata de maior audiência da temporada e já foi renovada para um segundo ano. Com um estilo que lembra Anos Incríveis, Young Sheldon se distancia da série-mãe ao ser filmada com uma única câmera (como no cinema) e não ter a claque, aquelas risadas de fundo que soam falsas.

 

Jonathan Groff (à esq.) e Happy Anderson em Mindhunter: no que pensa um serial killer?

 

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