Representantes da Seção dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg) promovem, na próxima segunda-feira (18), uma audiência pública para debater com a comunidade as dificuldades pelas quais as instituições públicas de ensino superior passam, assim como expor dúvidas relativas a investimentos no setor no Paraná. O evento será realizado a partir das 19 horas, no Grande Auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), campus central.
Devem compor a mesa deputados da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas do PR, o reitor da UEPG, Carlos Luciano Sant´Ana Vargas, representantes dos movimentos sindical, estudantil e do Comitê em Defesa das IEES-PR (estadual e local), além de autoridades da cidade e região dos Campos Gerais.
De acordo com o secretário do Sindicato, Érico Ribas Machado, o objetivo é chamar toda a população para reafirmar e demonstrar a importância das universidades para os municípios em seu entorno. É um ato em defesa da universidade, contra cortes de financiamento. Porque, diante de várias medidas adotadas pelo Governo, existe o temor de que o próximo passo seja criar mensalidades a serem pagas pelos alunos das instituições que são públicas, e devem continuar assim, comenta.
A audiência será a terceira de uma série que vem ocorrendo em todos os municípios que sediam universidades públicas estaduais. Anteriormente, já ocorreram encontros em Curitiba (na Assembleia Legislativa do Paraná Alep) e em Cascavel (na Unioeste).
Para embasar com dados e estatísticas, a professora e pesquisadora Dra. Augusta Pelinski Rahier, do Departamento de Economia da UEPG, organizadora do livro As universidades estaduais e o desenvolvimento regional no Paraná, deve fazer uma fala especial no evento.
Entre os assuntos abordados estão o Sistema Meta-4, que informatiza e unifica dados referentes à folha de pagamento de docentes no Estado, e um parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) que considera o Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (Tide) como gratificação, o que permitiria a redução do benefício para inúmeros professores, conforme análise do Sindicato.