O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes de Ponta Grossa (Nucria-PG) abriu inquérito para identificar e punir todos os envolvidos em uma agressão contra alunos de um colégio estadual em Ponta Grossa. A situação foi atendida pela Patrulha Escolar, no final da manhã dessa quinta-feira (16). Segundo a PM, dois estudantes foram surpreendidos na saída das aulas, por volta das 11h45, quando pelo menos quatro indivíduos os agrediram violentamente.
A equipe motos da PM chegou primeiro ao local, onde três pessoas foram detidas. Durante a abordagem, foi constatado se tratar de adolescentes, dois de 17 anos e um de 15 anos.
Entre os objetos utilizados como arma, apreendidos pela PM, estão um soco inglês e um capacete. Um vídeo, provavelmente feito por outros estudantes, flagrou parte da agressão, que ocorreu do lado de fora do colégio, principalmente na área de um posto de gasolina. Mesmo caídos, os estudantes foram repetidamente agredidos com socos e chutes, além de golpes com capacete.
De acordo com a delegada do Nucria-PG, Ana Paula Cunha Carvalho, o vídeo foi trazido para a Polícia Civil pela parente de uma das vítimas, e será parte importante no processo. “Os três adolescentes cometeram um ato infracional análogo ao crime de lesões corporais. Eles foram identificados no vídeo, e estamos para identificar uma quarta pessoa, provavelmente adulta, que também será responsabilizado”, informou.
Em depoimento, um dos adolescentes infratores, que estuda no mesmo colégio das duas vítimas, relatou que a violência foi uma retaliação a uma agressão que ele sofreu na última terça-feira (14). No entanto, as duas vítimas da agressão dessa quinta-feira não teriam participado da briga no início da semana, que não foi formalizada junto às autoridades.
Os três adolescentes foram encaminhados ao Cense, onde a 14ª Promotoria decidiu mantê-los até que o inquérito seja concluído. Um deles afirma que foi detido por engano, e que foi confundido com um dos agressores que aparece no vídeo.
*O DC omitiu nomes e endereços nesta reportagem para preservar a identidade dos adolescentes envolvidos