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Operário muda os planos e sócio-torcedor vira meta em 2015

Clube se espelha em outros times do país e aposta na fidelização de torcedores para ter arrecadação

 

Divulgação

Sebastião da Silva Portes, o ‘Tião da Pipoca’, aderiu ao programa na modalidade ‘Prata’

 

Acostumado a ter uma das maiores médias de público do interior do Paraná em outras edições dos Estaduais, o Operário mudou os planos de arrecadação em 2015. Em vez de apostar nos borderôs isolados de cada jogo, o alvinegro aderiu à política adotada por quase todos os clubes de futebol do país e optou em fidelizar o torcedor.

A diretoria criou para este ano um programa de sócios-torcedores o qual tenta atrair aqueles que frequentam vila Oficinas a comprarem os pacotes, e desta maneira ter uma receita mais precisa ao longo do ano. O plano do Operário inclui um contrato de 12 meses, direito a ingressos para todos os jogos, descontos em lojas e a criação de setores especiais no estádio ponta-grossense.

“A gente quer mudar uma mentalidade que existe de muitos anos, de ajudar o futebol, não pagar caro e ver um bom time de futebol. Mas e aí, quem vai pagar o custo disso?”, questiona o diretor de futebol do Operário, Antônio Luiz Mikulis.

A meta do programa é chegar a 5 mil sócios em quatro anos e de acordo com a direção do clube, até o momento foram pouco mais de 500 adesões. “A receptividade está sendo boa, tem uma média de 20, 25 novos sócios por dia. O torcedor tem que entender que o que estamos criando não é algo ilusório, é algo que já existe em praticamente todos os clubes do país, que precisam disso para sobreviver. O Joinville em quatro anos chegou à primeira divisão nacional porque tem mais de 10 mil sócios”, alega Mikulis.

Sebastião da Silva Portes, o ‘Tião da Pipoca’, como é mais conhecido, aderiu ao programa na modalidade ‘Prata’ e se mostra favorável ao plano. “Aqueles que se dizem apaixonados pelo clube, essa é hora de abraçar a ideia. Eu acho que vale a pena, ajuda o time, tem ingressos para todos os jogos, descontos. Aquele que é torcedor apoia o clube nos bons e nos maus momentos, e agora está na hora de apoiar”, diz.

O programa de sócio-torcedor do Operário é dividido nos planos Ouro, com mensalidade de R$ 80 por mês, e Prata, com custo de R$ 40 ao mês. O contrato tem o mínimo de doze meses. Quem optar pelo Ouro assiste às partidas dos acentos atrás dos bancos de reserva, no Prata, eles ficam na Emílio de Menezes.

Os inscritos nos planos ganham ingressos para as partidas além de ter descontos nas compras do comércio de Ponta Grossa, são mais de 40 empresas parceiras do clube e em supermercados de todo o Brasil, através do ‘Movimento por um Futebol Melhor’ (www.futebolmelhor.com.br).

“Isso (o programa de sócio-torcedor) é uma modernização do futebol no Operário. O estádio ficará mais moderno, com conforto para o torcedor, banheiros, bar, catracas eletrônicas, boa visibilidade. Tudo depende de quem gosta de futebol. Hoje não dá para depender de uma receita de u ou dois meses, mas sim de um ano inteiro”, finaliza Mikulis.

Valor de cada ingresso, isoladamente:

R$ 80 (R$ 40 meia-entrada)

Valor mensal do pacote sócio-torcedor

R$ 80 (pacote Ouro)

R$ 40 (pacote Prata)

Inclui ingressos para todos os jogos em casa e descontos com mais de 60 empresas e 250 produtos em supermercados

Número de jogos que o Operário fará no Germano Krüger*

Quatro em dois meses (fevereiro e março) **

* Leva em conta apenas a primeira fase do Paranaense e exclui eventuais participações nas fases seguintes do Estadual ou ainda a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, caso ela seja conquistada pelo alvinegro

** O Operário perdeu um mando de campo por conta de uma placa arremessada no gramado em uma partida da 1ª fase do Paranaense do ano passado

 

Interior adota a prática e Londrina consegue mil sócios

Não foi apenas o Operário que partiu para o programa de sócios-torcedores no Paraná este ano. Se antes os planos de fidelização do torcedor se restringiam a clubes da capital, agora a prática se espalha pelo interior do Estado.

O Londrina lançou um programa há menos de duas semanas e a diretoria informou que já obteve mais de mil adesões. O Tubarão oferece cinco modalidades de contratos que variam de R$ 15 a R$ 60 mensais. O plano é de um ano vigente, com os valores respectivos podendo ser pagos em até 12 vezes no cartão de crédito ou através do boleto bancário sem juros.

O Rio Branco de Paranaguá é outro que tem seu programa para sócios, com valores de R$ 40 a R$ 120. Cascavel, Foz do Iguaçu e Maringá também possuem programas de fidelização. Nacional de Rolândia e Prudentópolis são os únicos clubes que não criaram nenhum tipo de programa especial para ingressos no Estadual.

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