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Mãe admite ter matado filha de três dias em Ponta Grossa

Moradores de Ponta Grossa estão chocados com a morte de uma recém-nascida. A menina de três dias foi assassinada pela própria mãe, de 41 anos. O crime aconteceu hoje e a mulher já está presa. Ela admitiu ter degolado a filha “por impulso, desespero e dificuldade financeira”.

A diarista Maria Geni Lourenço de Oliveira foi presa pela Polícia Militar por volta de 14h30 desta segunda-feira (7), em casa, no Jardim Panamá. A PM foi informada do crime por meio de uma denúncia anônima, meia hora antes da abordagem. Assim que os policiais chegaram à residência, a mulher confessou ter matado a filha e escondido o corpo no quintal. O assassinato foi praticado por volta da zero hora desta segunda.

 

Fábio Matavelli
Maria Geni: “mereço cadeia, mas também o perdão de Deus”. No detalhe, a pequena Vitória

 

Detalhes

Um dos policiais que esteve no local relatou que Geni colocou a filha recém-nascida num toco de árvore, em frente à casa, e usou um facão para cortar o pescoço da criança. Com o golpe, a cabeça foi praticamente separada do restante do corpo. Em seguida, segundo ele, a mãe colocou a menina num saco plástico e a deixou sob folhas de telhas de fibrocimento, no quintal. Depois, a mulher lavou o facão e o escondeu num guarda-roupas. O Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal foram acionados e confirmaram o caso.

Na cela da 13ª Subdivisão Policial (SDP), Geni aparentava tranquilidade, mas garantiu que estava arrependida pelo que fez. “Mereço cadeia, mas também o perdão de Deus porque todos nós somos seres humanos e erramos. Não acho que o que eu fiz foi certo”, relatou.

O auto de prisão em flagrante ainda não havia encerrado até o fechamento desta edição. Por isso, não se sabe se a diarista foi autuada por homicídio ou infanticídio e nem para onde ela seria encaminhada.

 

“Não tive coragem de deixar a menina no hospital”

Maria Geni deu à luz Vitória às 9h15 da última sexta-feira (4), por meio de cesárea no Hospital Evangélico, e mãe e filha receberam alta por volta de 13 horas de domingo. Desde então, a mãe já planejava se livrar da menina, fruto de seu relacionamento com um caminhoneiro, que, segundo ela, não desejava a criança e alegava não ser filha dele. “Eu pensei em deixar a menina no hospital, mas não tive coragem”, relatou. “Antes do parto, eu queria dar a criança. Eu fiz isso [matar] quando me senti sozinha”.

Geni tem outros dois filhos: um rapaz de 18 anos e uma menina de dez. Segundo ela, os dois estavam em casa no momento em que ela assassinou Vitória, mas ambos dormiam. Segundo a PM, a menina ficará sob os cuidados de uma tia. 

 

Mulher diz sofrer de depressão

Na casa de Maria Geni, os policiais apreenderam o documento emitido pelo hospital que comprova o nascimento da filha dela. Segundo o protocolo, Vitória nasceu saudável, com 3,2 quilos, e a mãe teria realizado oito consultas de pré-natal.

À imprensa, ela disse que sofre de depressão e que faz tratamento há quatro anos. No entanto, quando cometeu o crime estava há três dias sem tomar os remédios, que são controlados.

O DC entrou em contato com a Prefeitura para saber se Geni estava recebendo tratamento para depressão durante a gestação. A resposta, em forma de nota, foi de que o “o comitê de investigação de óbito materno-infantil estará realizando o levantamento dos prontuários para fazer a investigação do óbito”.

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